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Eternos presidentes e seus maiores ídolos da história do Palmeiras

Do atual, Paulo Nobre, até o mais antigo ainda vivo, Facchina, dirigentes falam sobre o que esperam do futuro do clube centenário

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Por Daniel Batista , , Gustavo Zucchi e Diego Salgado
Atualização:

Do goleiro ao ponta-esquerda, quatro times da história do Palmeiras são apontados como marcantes por ex-presidentes. Os dirigentes, em entrevista ao Estado, ressaltaram a importância das duas Academias, do esquadrão montado em 1993 e do time responsável pelo ataque de 102 gols no Paulistão de 1996. Mustafá Contursi, mandatário do clube entre 1993 e 2004, é eclético. Prefere não escolher um esquadrão. "Todos os times marcaram época e são importantes."Entre os jogadores, lembra de vários: Romeu, Avelino, Gabardo, Djalma Santos, Valdir, Oberdan, Mazzola, Dudu, Ademir, Leivinha, Luis Pereira e, mais recentemente, o goleiro Marcos.

Para Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente entre 2009 e 2010, a equipe treinada por Vanderlei Luxemburgo e comandada por Rivaldo, Djalminha e Cafu desbanca os times mais anteriores. “Era impressionante, uma máquina de jogar futebol. Uma lição. Muito acima, inclusive, do padrão que a Alemanha apresentou na Copa."

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Arnaldo Tirone, que ficou à frente do clube em 2011 e 2012, cita os feitos conquistados pela Primeira Academia, comandada por Filpo Nuñez, lembrada sobretudo pela vitória contra o Uruguai por 3 a 0 na inauguração do Mineirão, quando o Palmeiras representou a seleção. “Eu ia muito ao clube com meu pai e vi bastante aquele time. Era uma verdadeira seleção. Foi a equipe mais importante da história.”

O time também é apontado por Della Monica (2005-2008) como o mais marcante da história centenária do clube. Já Salvador Palaia elege a Segunda Academia como dona do futebol mais bonito. Para Carlos Facchina, presidente entre 1989 e 1992, as duas Academias e o time de 1993 estão no mesmo patamar. “Seria injusto escolher um só”, disse.

As escolhas dos ex-presidentes, em contrapartida, são diferentes em relação aos jogos e gols mais importantes. Belluzzo destaca dois gols do meia Alex – contra o River Plate, na semifinal da Libertadores de 1999, e contra o São Paulo, em 2002 – esse gol também é lembrado com carinho por Mustafá. “O gol do Zinho, de perna direita, na final do Paulistão de 1993, também foi marcante”, ressaltou. Palaia acredita que a defesa de Marcos no pênalti de Marcelinho, na Libertadores de 2000, valeu como um gol.

O gol de falta marcado por Romero na final do Paulistão de 1959, contra o Santos, é, para Tirone, o mais importante. Quase todos os dirigentes têm a mesma opinião em relação à principal partida: a final de 1993, com vitória por 4 a 0 sobre o arquirrival Corinthians no jogo que marcou o fim de jejum de 17 anos sem títulos.

Mustafá citou o empate por 2 a 2 com a Juventus de Turim no Maracanã e que valeu a Copa Rio de 1951 como o maior do clube – recentemente a conquista foi reconhecida como título mundial pela Fifa. Della Monica também ressalta esse título histórico. O gol mais bonito, para ele, está ligado à campanha: na primeira fase Ponce de León marcou o segundo gol do Palmeiras contra o Olympique de Nice. “Jair Rosa Pinto fintou três adversários sem tocar na bola antes de ele concluir.”

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FUTURO

Os dirigentes têm pensamentos parecidos em relação ao futuro do clube. Para Mustafá, o Palmeiras precisa de “austeridade e responsabilidade" e ainda tem de encontrar o caminho para "se reabilitar na parte administrativa, por que aí as coisas acontecerão nas disputas esportivas”. Para ele, "não tem fórmula que resista ao desperdício". 

Outros lembram que a mudança pode ocorrer após a inauguração do estádio. "O clube daqui para frente terá novas receitas com o estádio. Tenho fé que o Palmeiras montará bons times e vai deslanchar", disse Tirone.

Belluzzo lembra que, além do estádio, será preciso repensar as relações internas e evitar os conflitos das últimas gestões. "Espero que o futuro esteja à altura do seu passado. É preciso enxergar o passado para projetar o futuro." Facchina cita dificuldades do passado, como a mudança de nome. "Estamos acostumados. Mas é tudo passageiro. Voltaremos a ser referência no País."

SELEÇÃO DOS PRESIDENTES

Paulo Nobre (2013 - atual):

Marcos; Arce, Luís Pereira, Cléber e Roberto Carlos; César Sampaio, Jorginho Putinatti, Jorge Mendonça, Alex e Rivaldo; Evair.

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Técnico:Telê Santana

Arnaldo Tirone (2011-2012):

Leão; Djalma Santos, Luís Pereira, Waldemar Fiúme e Roberto Carlos; Dudu, Ademir da Guia e Rivaldo; Edmundo, Evair e Jorge Mendonça.

Técnico:Telê Santana

Luiz Gonzaga Belluzzo (2009-2010)

Marcos; Djalma Santos, Luís Pereira, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Dudu, Ademir da Guia e Rivaldo; Julinho Botelho, Mazzola e Edmundo.

Técnico: Osvaldo Brandão

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Afonso Della Mônica (2005-2008) 

Oberdan; Djalma Santos, Luís Pereira, Aldemar e Geraldo Scotto; Valdemar Fiúme, Jair Rosa Pinto e Ademir da Guia; Julinho Botelho, Mazzola e Rodrigues.

Técnico: Filpo Nuñez

Salvador Hugo Palaia (2010)

Leão; Djalma Santos, Luís Pereira, Aldemar e Geraldo Scotto; Dudu eAdemir da Guia; Julinho Botelho, César Maluco,Edmundo e Rodrigues.

Técnico: Filpo Nuñez

Mustafá Contursi (1993 a 2004)

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Oberdan; Djalma Santos, Luís Pereira, Djalma Dias e Geraldo Scotto; Dudu,Ademir da Guia e Chinesinho; Julinho Botelho,Mazzola e Leivinha.

Técnico: Fleitas Solich

Carlos Facchina (1989 a 1992)

Oberdan; Cafu, Luís Pereira, Waldemar Fiúme e Roberto Carlos; Dudu, César Sampaio, Ademir da Guia e Rivaldo; Julinho Botelho e Vavá.

Técnico: Filpo Nuñez

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