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Ex-presidente da Lusa diz que renunciou após ameaças de agressão

Jorge Manuel Gonçalves não conseguiu sanar problemas do clube

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Por Redação
Atualização:

Jorge Manuel Marques Gonçalves renunciou ao cargo de presidente da Portuguesa na quarta-feira passada. Apesar da possibilidade de um impeachment, o agora ex-presidente afirmou que o motivo de sua saída foi outro: as ameaças de agressão física.

Segundo o dirigente, a gota d'água foi a partida do último domingo, quando a Portuguesa foi derrotada por 2 a 0 para o Rio Branco de Americana, no Canindé, e se complicou na Série A2 do Campeonato Paulista. Ainda no primeiro tempo, quando o time já perdia e a torcida mostrava seu descontentamento, Gonçalves foi aconselhado pela equipe de segurança do clube a deixar o estádio para evitar agressões.

O presidente da Portuguesa, Jorge Gonçalves, afirma que foi ameaçado de agressão Foto: Rafael Arbex

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"Foi o meu limite. Melhorei o clube e não posso ir ao estádio com meu filho? Se querem me agredir, eu saio. Não tenho condições de olhar para a cara do meu filho e dizer que não posso mais levá-lo ao Canindé", lamentou. Na sexta-feira passada, um grupo da torcida organizada Leões da Fabulosa invadiu o centro de treinamento do clube e chegou ameaçar os jogadores.

Gonçalves assumiu a presidência da Portuguesa em 2015, após a renúncia de Ilídio Lico e estava em situação delicada na diretoria já que seus principais aliados, como o vice-presidente Manuel Tomé, deixaram os cargos na última semana. Eles também não enxergam uma forma de unir as diversas facções do clube para encontrar uma forma de sair da crise administrativa e financeira que se arrasta há alguns anos.

Dentro de campo a Portuguesa ainda corre risco de rebaixamento, mas se recuperou na última rodada. Após a derrota para o Rio Branco, o time do Canindé venceu o Votuporanguense fora de casa por 2 a 0. Soma 23 pontos e está três pontos acima da zona do rebaixamento com só uma rodada pela frente, na qual recebe o já rebaixado Atlético Sorocaba precisando apenas de um empate para se manter na Série A2. O time não tem mais chances de classificação à segunda fase e de brigar para voltar à elite estadual em 2017.

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