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Walter Feldman confia numa mudança de cenário

Secretário-geral da CBF revela que entidade vai enviar carta à Fifa na segunda para informar sobre reformas em curso

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Por Almir Leite
Atualização:

O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, não considera tão grave o congelamento por parte da Fifa dos repasses de dinheiro à entidade. Ele disse que a suspensão foi feita há cerca de cinco meses, como consequências das denúncias de envolvimento em atos de corrupção de dirigentes ligados à CBF. Mas acredita numa mudança de cenário em pouco tempo.

Para isso, um passo será dado amanhã: o envio de mais uma carta à Fifa informado o que está sendo feito com o objetivo de dar mais transparência e controle rigoroso na utilização dos recursos. Também está nos planos uma viagem a Zurique para tratar do problema.

  Foto: FABIO MOTTA | ESTADÃO CONTEÚDO

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Essa troca de correspondências ocorre desde a suspensão dos repasses – tanto os referentes ao legado, cujo bloqueio já havia se tornado público, como o de outras verbas, bem menores, destinadas ao desenvolvimento do futebol no País.

“Isso já é uma coisa antiga. Depois que estouraram todos os problemas, a Fifa cancelou todos os repasses do legado”, disse Feldman ao Estado. No caso específico da CBF, o envolvimento do ex-presidente José Maria Marin com casos de corrupção e as suspeitas que recaem sobre o presidente licenciado, Marco Polo Del Nero, foram decisivas para o fechamento da torneira.

Como a falta de transparência também contou, a CBF, diz Feldman, passou a se comunicar por carta com a Fifa informando as medidas que começaram a ser tomadas para alcançar a credibilidade, e por consequência reaver o dinheiro do legado. Mas até agora, não obteve sucesso. Na semana passada, o secretário-geral interino, Markus Kattner, mandou uma carta dizendo que nada seria feito antes das eleições.

Com a eleição Gianni Infantino na sexta-feira, a CBF vai tentar reverter o quadro. A carta a ser enviada amanhã faz parte desta tentativa e vai informar que a entidade está tomando iniciativas nesse sentido, como a adoção de um portal da transparência, de um novo sistema de demonstração contábil e a retomada do sistema de auditoria por processo.

Também vai enfatizar a implantação do Comitê de Reformas, além de informar sobre o projeto de um novo código de ética, que prevê punições para dirigentes que se envolverem com corrupção, mas que não está aprovado. Aliás, prazos para implantação de reformas é algo que a CBF ainda não tem.

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