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Fifa terminará investigação sobre corrupção no dia 9

Entidade confirma que irá apurar denúncias de irregularidades na escolha das sedes das Copas da Rússia em 2018 e Catar em 2022

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Por Redação
Atualização:

ZURIQUE - Apesar das novas denúncias envolvendo o Catar, sede da Copa do Mundo de 2022, a Fifa informou nesta segunda-feira que vai encerrar as investigações acerca das suspeitas de corrupção nas escolhas das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022 no próximo dia 9. Nesta data, o norte-americano Michael Garcia, responsável pelas investigações, vai encerrar sua apuração. E, num prazo de seis semanas, vai entregar um relatório com o resultado final de sua investigação ao Comitê de Ética da Fifa. "Depois de meses de entrevistas com testemunhas e busca por material, nós pretendemos completar esta fase de investigação no dia 9 de junho", declarou Garcia. "O relatório vai considerar todas as potenciais evidências relacionadas ao processo de escolha das sedes, incluindo evidências coletadas em investigações anteriores", disse o americano. 

Issa Hayatou nega acusações de ter recebido suborno para apoiar candidatura do Catar Foto: Themba Hadebe/AP

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Garcia revelou seu cronograma nesta segunda após ser questionado por diversos jornalistas neste fim de semana sobre as investigações, na esteira das denúncias feitas pelo jornal britânico

The Sunday Times

. Ele, contudo, não confirmou se vai incluir em seu relatório os documentos que o periódico diz ter obtido. No domingo, o jornal afirmou ter conseguido diversos documentos que comprovariam que dirigentes catarianos teriam subornado membros do Comitê Executivo da Fifa para a escolha do país na eleição realizada em dezembro de 2010.

Cartolas do Catar teriam pago pelo menos US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 11,2 milhões) para comprar votos para que o país fosse escolhido como sede do Mundial. O maior alvo da denúncia é Mohamed Bin Hammam, um dos principais agentes do futebol do Catar, que teria atuado em diversas regiões do mundo para comprar apoio. A principal delas foi justamente a África, que teve quatro cartolas votando na eleição.

Bin Hammam teria usado mais de dez fundos para fazer dezenas de pagamentos de até R$ 447,8 mil para presidentes de 30 federações de futebol no continente. No mesmo dia, o Comitê Organizador da Copa no Catar negou as acusações. "Bin Hammam não tomou parte, oficialmente ou não oficialmente no comitê de candidatura do país", disse a entidade. E afirmou que o Comitê sempre foi guiado por altos padrões éticos. "O Comitê do Catar para a Copa de 2022 sempre sustentou altos padrões de ética e integridade em sua bem-sucedida candidatura".

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