Fifa vive saia-justa ao falar sobre a tecnologia na Copa do Mundo

Sistema de som da sala de imprensa do Maracanã não funcionou quando o diretor de tecnologia da entidade, Dick Wiles, foi falar

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Por Redação
Atualização:

Os responsáveis por tecnologia na Fifa viveram nesta terça-feira uma saia-justa no Maracanã. Uma coletiva de imprensa havia sido convocada para mostrar o que estava sendo feito no setor com relação às transmissões e às conexões com internet nos 12 estádios da Copa do Mundo. Mas, quando o diretor de tecnologia da entidade, Dick Wiles, foi falar, seu microfone e todo o sistema de som foi desligado.

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O sorriso amarelo do diretor diante dos jornalistas não pôde ser evitado e nem os comentários da assessoria de imprensa da entidade tentando brincar com a situação. "Pelo menos temos as pessoas certas para arrumar isso aqui", declarou Delia Fischer, porta-voz da Fifa.

Minutos depois, o problema foi arrumado. Mas, quando ele tentou falar uma vez mais, o sistema de som da sala de imprensa do Maracanã voltou a cair, interrompendo a conferência de imprensa novamente. Quando finalmente começou a falar, e já com o sistema de som e de tradução funcionando, o diretor apontou como o sistema nos estádios permitiu a conexão de 150 mil aparelhos ao mesmo tempo e como a estrutura montada já tinha permitido o fluxo de 32 terabites de informação em apenas duas semanas de Copa - isso foi equivalente a todo o fluxo do Mundial de 2010, na África do Sul. 

Questionado sobre o sistema de telefonia e de 4G nos estádios, o responsável da Fifa admitiu que existia muita preocupação antes do Mundial de que a operação não funcionaria. "Sem ter sido testada, o que tínhamos não era por nenhum grau de imaginação o que precisávamos", admitiu Wiles. "Mas, graças à experiência das equipes e sua capacidade, fomos capazes de evitar problemas."

No primeiro jogo da Copa, em São Paulo, o estádio não contava ainda com uma rede de internet estável, deixando centenas de jornalistas com sérios problemas para enviar suas matérias. Questionado sobre o que achava do sistema 4G no Brasil, Wiles foi diplomático, mas não deixou de dar seu recado. "A cobertura precisa ser amadurecida", avisou.

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