O atacante Landon Donovan não poupou a seleção dos Estados Unidos de críticas pelo desempenho do país na Copa do Mundo. Sem o jogador do Los Angeles Galaxy, deixado de fora da lista dos 23 convocados pelo técnico Jürgen Klinsmann para o Mundial, os norte-americanos avançaram de fase em segundo lugar no Grupo G e foram eliminados nas oitavas de final - derrota para a Bélgica na prorrogação por 2 a 1, na última terça-feira, em Salvador. "Os Estados Unidos fizeram três jogos medíocres e, no que mereceram vencer, empataram com Portugal por 2 a 2, no final", analisou Donovan, contratado pela ESPN norte-americana para comentar o Mundial. O desempenho no Brasil igualou a campanha de quatro anos atrás, em que a equipe do país avançou às oitavas de final e perdeu na prorrogação para Gana, por 2 a 1.
Foi a quinta vez em nove participações que os Estados Unidos passam da primeira fase, duas delas com Donovan de titular - em 2010 e 2002, ano em que a seleção norte-americana alcançou as quartas de final. O melhor resultado do país em Mundiais foi chegar à semifinal em 1930, mas eles só precisaram passar da fase inicial para atingir o feito.
"Nossa seleção voltou a mostrar que precisa evoluir com relação às melhores equipes. Acredito que nos falte talento e atitude para ganhar de times como Alemanha e Bélgica, ainda que tenha sido positivo passar de fase em um grupo tão difícil", afirmou o atacante, elogioso ao goleiro de seu país. "Só grandes desempenhos de Tim Howard nos impediram de sermos goleados por belgas e alemães. Ele foi incrível, nunca o vi tendo essas atuações em Copas que eu joguei", acrescentou Donovan.
Na primeira fase, os norte-americanos estrearam vencendo Gana por 2 a 1 e depois empataram com Portugal por 2 a 2 e perderam por 1 a 0 da Alemanha. "A realidade é que a equipe não jogou bem contra Gana, não fomos melhores. O oposto do que aconteceu com Portugal, quando fizemos um grande jogo e merecíamos marcar mais vezes", afirmou o jogador de 32 anos, que disputou os Mundiais de 2002, 2006 e 2010 pelos Estados Unidos e é o maior artilheiro da história de sua seleção, com 57 gols.
