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Futebol pernambucano vive o pior ano de sua história

Faltando três rodadas para o final das Séries A, B e C, dois dos três clubes do estado já estão rebaixados

Por Anderson Bandeira
Atualização:

O ano de 2017 é para ser esquecido no futebol pernambucano. Faltando três rodadas para o término das series A e B, dois dos três principais times do Recife caíram de divisão. Santa Cruz e Náutico disputarão a Série C em 2018. E o Sport, que está na Série A, tem 90% de cair para a serie B, o que terminará de sacramentar um ano difícil para o futebol do Estado. 

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Divergências políticas, problemas financeiros como atrasos de salários e troca constante de técnicos e elenco são algumas das razões que explicam o fracasso dentro de campo.

Sport perdeu por 2 a 1 para o Botafogo e entrou pela quarta vez na zona do rebaixamento após perder para o Atlético-GO Foto: Williams Aguiar / Sport Club do Recife/ Divulgação

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No Náutico, assim como nas temporadas anteriores, a questão financeira foi um dos fatores que mais pesou. O clube começou o ano com uma folha de R$ 1,2 mi, mas não conseguiu manter, o que levou a greves de atletas. Alguns chegaram a pedir dispensa. No Santa Cruz, a situação chegou a ser bem pior, com quatro meses de salários atrasados. A dificuldade financeira se evidenciou também nas fracas contratações. A falta de resultados positivos se refletiu na queda da renda com poucos torcedores indo aos jogos. 

Questões políticas também influenciaram muito na falta de unidade. No Náutico, a situação foi bem pior, com o clube chegando a ter três diretorias e presidentes diferentes, o que terminou por mostrar as divergências políticas. No Santa, atletas chegaram a acusar o presidente Alírio Moraes de ter abandonado o clube.

O Náutico teve cinco técnicos, três na Série B. O Santa trouxe outros três, que não evitarem a queda à terceirona. Nem o conhecido rei do acesso, Givanildo Oliveira fez a equipe coral ressuscitar. Ao longo do ano, Santa e Náutico experimentaram três times titulares diferentes. Em 34 rodadas, o Náutico – que contratou 38 atletas – só repetiu o time duas vezes. No Tricolor, faltou qualidade nas 37 contratações. 

No Sport o principal fator foi a acomodação do elenco e a falta de um líder nas quatro linhas e fora para chacoalhar os jogadores. Apesar de deter nomes com grande qualidade técnica e alto investimento como Diego Souza e André, o time viveu altos e baixo no rendimento. Nem a chegada de Wanderley Luxemburgo foi capaz de mudar a tabela de classificação. Os dirigentes dos três clubes não foram localizados para comentar a situação.

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