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Geração de 2022 dá seus primeiros passos na Copa do Mundo Sub-17

Garotos como Brenner e Vinicius Júnior estão na equipe que vai ao Mundial da categoria e sonham jogar a Copa do Catar

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan
Atualização:

Enquanto a seleção que buscará o hexa na Copa da Rússia, no próximo ano, já está praticamente fechada, a que pretende estar no Mundial do Catar, em 2022, começa a ser lapidada. Durante dez dias, os garotos da equipe sub-17 treinaram na Granja Comary, em Teresópolis, com o foco na Copa do Mundo da categoria e com o sonho de, em breve, vestir a camisa da seleção principal.

A equipe da base chegará terça-feira à Índia, onde o Mundial será disputado a partir do próximo dia 6. A seleção está no Grupo D, ao lado de Espanha, Coreia do Norte e Níger. Tricampeão, o Brasil não conquista o torneio desde 2003, mas uma geração promissora, que chega cada vez mais cedo ao elenco principal de seus clubes e já tem atletas com projeção internacional, dá grande alento.

Vitão, do Palmeiras, o vascaíno Paulinho e Brenner, do São Paulo, integram a nova safra do futebol brasileiro. Foto: Fabio Motta|Estadão

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O jogador mais badalado do grupo é Vinicius Júnior, do Flamengo. Em maio, o atleta foi negociado ao Real Madrid por 45 milhões de euros (cerca de R$ 168 milhões). Por ser menor de idade (17 anos), ele permanecerá no clube rubro-negro pelo menos até julho do próximo ano. Atualmente no elenco principal do Flamengo, o atacante se apresentará à seleção somente após a final da Copa do Brasil – será disputada na quarta-feira, em Belo Horizonte.

No rival Vasco, outro atacante da sub-17 já ganha espaço entre os profissionais. Em julho, Paulinho marcou os dois gols da equipe na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, pelo Brasileirão. Com o feito, ele se tornou o jogador mais jovem a fazer um gol pelo Vasco neste milênio, batendo em 70 dias a marca que pertencia a Philippe Coutinho, hoje um dos destaques da seleção principal.

“A experiência no profissional é muito importante, porque a gente conhece jogadores que já disputaram Copa do Mundo. Acontece isso comigo no Vasco, quando converso com o Luís Fabiano”, afirma Paulinho, que no início do ano renovou contrato até 2020. Os valores não foram informados.

Sobre o Mundial Sub-17, ele espera apoio da torcida brasileira, mesmo de longe. “É um desafio muito grande. Temos 17 anos, disputar uma competição como essa, com toda visibilidade que tem, televisão...”, comenta. “Os torcedores podem estar focando no Mundial de 2018 (a Copa da Rússia), mas quando virem a gente podem pensar ‘será que um deles pode estar aí?’ É assim que a gente pensa.”

Jogadores brincam ao posar para fotos na seleção brasileira sub-17. Foto: Fabio Motta|Estadão

Dos clubes paulistas, Brenner, do São Paulo, é outro que leva esperança de gols, enquanto o zagueiro palmeirense Vitão – escolhido como capitão pelo grupo que conquistou o Sul-Americano no início do ano – é o guardião da defesa.

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O atacante são-paulino renovou recentemente seu contrato com o clube, com o novo vínculo se estendendo até 2022, justamente o ano da Copa do Mundo do Catar. A multa rescisória para uma transferência ao exterior chega a 50 milhões de euros (R$ 187 milhões).

Para Brenner, treinar na Granja Comary, casa da seleção brasileira, ajuda a manter o foco na seleção da base e, ao mesmo tempo, serve para “estudar como é (o CT da seleção), para um dia estar aqui presente”.

O próprio Mundial Sub-17 é visto por ele como uma porta para o grupo principal. “É a chance de mostrar nosso talento. Tem o Coutinho e o Neymar, que surgiram no Mundial (Sub-17) também. Eles podem ver na gente o futuro da Copa do Mundo”, comenta.

O “eles” citado por Brenner pode se referir à torcida, a quem acompanha o cotidiano da seleção, ou até mesmo ao técnico Tite, que na segunda-feira passada esteve na Granja com os auxiliares Cleber Xavier e Matheus Bachi assistindo ao jogo-treino da sub-17 com a equipe sub-19 do Internacional.

O palmeirense Vitão é outro que exalta o período de treinos na Granja. “Dá uma mexida. A gente via na nossa infância a Granja Comary pela televisão; agora, estamos aqui, sabendo que daqui uns dias a principal vai estar também”, comenta. “Mas estou focado na 17.”

O zagueiro está esperançoso em uma boa campanha na Índia. Além do título sul-americano no início do ano, ele lembrou que o grupo é bem entrosado, já que a trajetória começou ainda no sub-15. “Vamos lá para mostrar nosso futebol alegre, descontraído e solto.”

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