Publicidade

Goleiro da Ponte é preso por engano

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O goleiro Mário, que é reserva da Ponte Preta e tem o apelido de Aranha, foi confundido com um bandido na noite de quarta-feira e acabou preso por engano. Ele chegou a ser algemado e levado no camburão, mas foi liberado logo depois. E está acusando os policiais de agressão. Aranha tinha levado o amigo Marcos, goleiro dos juniores da Ponte, para o Hospital da Pucc, na periferia de Campinas - ele passou mal, com dores no peito e falta de ar. E foi abordado pelos policiais na entrada do setor de emergência do local. "Chegaram vários policiais de arma em punho e um deles já gritava: ?É ele mesmo!?", contou Aranha, que completou 25 anos no último dia 17 e tem 1m91 de altura. Segundo o goleiro, os policiais o atiraram no chão, onde acabou imobilizado e algemado. Ainda no chão, de acordo com Aranha, os policiais fizeram várias perguntas a ele, dando tapas e chutes em seu corpo. "E aí negão, onde está a arma? Onde está seu parceiro de crime?", teriam dito. "Só disse que era goleiro da Ponte Preta e nem documento eles me pediram", revelou o goleiro. Na seqüência, ele foi colocado no camburão, mas acabou reconhecido por um policial. "Eu conheço ele, é goleiro da Ponte Preta mesmo!", avisou o policial aos seus companheiros. Avisados imediatamente, o diretor do departamento amador da Ponte, Carlos Pontes, e o advogado do clube, Luis Gugliota, foram socorrer Aranha. E o levaram para registrar um Boletim de Ocorrência e fazer exame de corpo delito na delegacia. Depois disso, os policiais explicaram toda a confusão. Eles dizem ter confundido Aranha com um suspeito de seqüestro relâmpago num caixa eletrônico da cidade. Até o carro do goleiro, um Fiat Marea, seria o mesmo usado pelo bandido. "Não sei se é algo comigo (tipo físico) ou se é com meu carro, que vou trocar o mais rápido possível...", revelou Aranha, já refeito do susto, nesta quinta-feira. "Ainda bem que mantive a tranqüilidade, porque poderia ter acontecido algo bem pior. Sou um cara de paz."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.