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Imposição da TV revolta Luxemburgo

O treinador ficou revoltado com a determinação da Rede Globo e da Conmebol para que o clube jogasse a Copa Sul-Americana com os titulares. O clube busca nova estratégia para não comprometer sua participação no Brasileiro.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Frustrado o plano do técnico Vanderlei Luxemburgo de disputar a Copa Sul-Americana com o time reserva, o Santos procura nova estratégia para não comprometer a luta pela conquista do título Brasileiro. Na partida de volta contra o Paraná Clube, marcada para o dia 4 de setembro, a equipe titular estará em campo para reverter o mau resultado de quarta-feira, em Curitiba, mesmo contra a vontade do treinador, que ficou revoltado com a determinação da Rede Globo e da Conmebol para que o clube inscrevesse o grupo principal de atletas para a competição. "Não fiquei satisfeito", disse Luxemburgo, explicando que não subestimou a Sul-Americana. "As pessoas entendem que jogar com o time reserva é menosprezar a competição, mas houve trabalho e planejamento para isso, pois o objetivo do Santos é conquistar os dois títulos. Queria ter uma equipe vivendo intensamente essa competição em condição de conquistá-la". Ele revela que conduziu o clube nesse sentido e reclamou: "ninguém de fora pode direcionar o elenco ou o trabalho do clube". Segundo Luxemburgo, o Santos não havia sido informado da determinação de manter um certo número de jogadores que disputaram as últimas cinco partidas pelo Brasileiro. "Não vi esse documento, ele não existe", comentou. Para ele, "o Santos tem de fazer o que é melhor para o Santos e não porque a televisão comprou a transmissão dos jogos ou porque a Conmebol que isso". O que ele pretendia era poupar as maiores estrelas para o Campeonato Brasileiro, registrando para a Sul-Americana um time com os principais reservas e alguns jogadores que atuam no Santos B. Ele lembra do que aconteceu no ano passado, quando dirigia o Cruzeiro. "Dias antes de enfrentar o Cruzeiro, o Santos estava jogando em Cuzco, a 4 mil metros de altitude, e os jogadores chegaram desgastados e eu levei vantagem com isso". Essa experiência pesou muito em sua decisão de montar um time para cada competição. "A televisão paga a cota do clube determinada em contrato, mas ninguém paga a conta de levar 18 jogadores para Cuzco enquanto os adversários podem ficar no Brasil treinando". Mesmo contrariado, ele vai cumprir a determinação, mas já avisou: "se as duas competições se atropelarem, vou ter de fazer uma opção e aí vou optar pelo Brasileiro". Assim, ele vai colocar as suas principais estrelas na competição latina: "Tem que colocar esses jogadores? É uma imposição? Vamos colocar e isso não é uma crítica ao presidente Marcelo Teixeira ou aos diretores. Eu tenho o poder de escalar a equipe, mas em outras coisas não tenho o poder de decisão". Ele vai reunir a comissão técnica para traçar uma nova estratégia para disputar as duas competições ao mesmo tempo".

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