Dois grandes do futebol europeu se enfrentam neste sábado, em 18 horas, em Manaus em busca de bom futebol e, claro, da vitória, para mostrar que merecem a confiança de seus torcedores. Itália e Inglaterra vieram para a Copa debaixo de críticas e deixando um clima de pessimismo em seus países.
Sair com os três pontos é fundamental, porque o “grupo da morte” não permite escorregões. Numa chave que tem três campeões do mundo (o outro é o Uruguai) lutando por duas vagas, qualquer ponto desperdiçado pode fazer falta. E, para vencer, as duas equipes apostarão em estratégias distintas.
A Itália se manterá fiel ao modelo implantado por Cesare Prandelli, com muita gente de qualidade técnica no meio-campo para dar ao time posse de bola. De Rossi será o cão de guarda à frente da defesa, Pirlo e Verratti terão a missão de distribuir o jogo e Candreva e Marchisio fecharão os lados e também tentarão apoiar Balotelli na frente. O apoio dos laterais perdeu força com a lesão muscular sofrida por De Sciglio no treino de sexta-feira, porque seu substituto será o pesado Chiellini, um zagueiro improvisado na posição (Paletta, um argentino naturalizado italiano, formará a dupla de zaga com Barzagli).
Em relação à cartilha original de Prandelli haverá uma mudança importante no comportamento da Azzurra: ao invés de marcar a saída de bola, o time tratará de se fechar em seu campo para se desgastar menos. Isso ficou claro no amistoso de domingo passado contra o Fluminense e nos treinamentos da semana em Mangaratiba.
No lado inglês, o plano é afogar Pirlo e apertar os outros dois responsáveis pela saída de bola (De Rossi e Verratti) para evitar que a Itália fique trocando passes e controle o ritmo de jogo.
O técnico Roy Hodgson quer que seu time roube a bola e acelere a jogada para pegar a defesa desarrumada. A dúvida é se será possível seguir essas instruções sob 30 graus de temperatura e umidade na casa dos 80%. Menos mal que a informação que chegou para as duas delegações é que haverá parada técnica nos dois tempos para que os jogadores possam se hidratar.
O trunfo de Hodgson para tentar impor um ritmo mais forte é a renovação que comandou na equipe nos últimos dois anos. Apenas cinco dos titulares participaram da derrota para os italianos nas quartas de final da Eurocopa de 2012, e do meio-campo para a frente apenas o capitão Gerrard tem mais de 30 anos (34). Henderson (23), Lallana (26), Rooney (28), Welbeck (23) e Sturridge (24) podem dar à Inglaterra o vigor necessário para passar por cima da Azzurra. “Estamos preparados para fazer o nosso independentemente das condições climáticas. Respeitamos a Itália, mas confiamos na nossa força”, disse Gerrard.
FICHA TÉCNICA
INGLATERRA - Joe Hart; Glen Johnson, Cahill, Jagielka e Baines; Gerrard; Henderson, Lallana e Rooney; Welbeck e Sturridge. Técnico: Roy Hodgson.
ITÁLIA - Buffon; Darmian, Barzagli, Paletta e Chiellini; De Rossi, Candreva, Pirlo e Verratti; Marchisio e Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli.
JUIZ - Bjorn Kuippers (Holanda)
LOCAL - Arena Amazônia, em Manaus
HORÁRIO - 18 horas (de Brasília)
NA TV - Globo, Band, ESPN Brasil, SporTV, Fox Sports e BandSports