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International Board admite fazer alteração na regra do impedimento

Intenção do órgão que define as leis do futebol é favorecer as jogadas de ataque; confira possível mudança

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Por Redação
Atualização:

O International Board, órgão que controla as regras do futebol, admitiu em seu 134.º encontro anual, realizado neste sábado em Belfast, Irlanda do Norte, a possibilidade de mexer na regra do impedimento. O objetivo, de acordo com os participantes da reunião, é favorecer as jogadas de ataque.

Com a implantação do VAR (árbitro auxiliar de vídeo), muitos impedimentos têm sido marcados por poucos centímetros, o que tem provocado críticas em todas as partes do planeta. A resposta da Fifa e do International Board a essa situação deverá ser uma mudança na regra, embora as entidades digam que é preciso aprofundar os estudos antes de tomar uma decisão.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino (segundo da direita para a esquerda) concede entrevista coletiva ao lado dos chefes das federações britânicas, que integram o International Board Foto: Rob Harris / AP

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Recentemente, porém, uma pista do que deverá vir por aí foi dada por Arsène Wenger. O francês, que se consagrou como treinador do Arsenal, da Inglaterra, agora é o chefe de desenvolvimento de futebol da Fifa e defendeu uma alteração que sem dúvidas reduziria o número de gols anulados por impedimento - o que vai ao encontro da ideia da entidade de favorecer o jogo ofensivo.

"Não será impedimento se qualquer parte do corpo que possa marcar um gol esteja na mesma linha do último defensor, mesmo que outras partes do corpo do atacante estejam à frente. Assim, não haverá mais decisões sobre milímetros e frações do atacante estarem à frente da linha defensiva", disse Wenger.

Outra ideia surgida no encontro do International Board foi a de uma substituição extra no caso de algum atleta sofrer concussão (lesão cerebral causada por uma pancada na cabeça). Nesse caso, o problema teria de ser atestado por meio de um teste aplicado por um médico. Assim como na situação do impedimento, o assunto será estudado de maneira cuidadosa antes que uma mudança de regra seja realizada.

"Se existe uma dúvida mínima, é preciso manter o jogador fora do campo e o treinador deve ter outra possibilidade, sabendo que pode fazer uma substituição adicional", disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

A entidade presidida pelo suíço informou após o encontro que deseja usar os torneios de futebol (masculino e feminino) dos Jogos Olímpicos de Tóquio para testar a substituição extra em caso de concussão. A entidade também pretende estender o teste a outras competições, mas não divulgou quais.

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O International Board é um órgão independente da Fifa, que participa do encontro anual na condição de convidada. Como o futebol nasceu na Grã-Bretanha, a reunião é sempre realizada lá e as federações britânicas têm participação garantida nas discussões.

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