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Invasores do Maracanã serão deportados, diz Polícia Federal

88 invasores detidos pela Polícia Militar prestam depoimento na Cidade da Polícia, complexo que reúne 14 delegacias especializadas

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Foto do author Marcio Dolzan
Foto do author Raphael Ramos
Por Tiago Rogero , Marcio Dolzan , Raphael Ramos , Ronald Lincoln Jr , Jamil Chade , Luiz Antônio Prósperi e Sergio Torres
Atualização:

Atualizada às 21h22

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Os torcedores chilenos que invadiram a sala de imprensa do Estádio do Maracanã antes do jogo entre Espanha e Chile serão deportados, informa a Polícia Federal, caso não atendam a notificação de deixar o País em um prazo máximo de 72 horas. Se não cumprirem a notificação, a deportação ocorrerá de maneira "sumária".

Os 88 invasores, detidos pela Polícia Militar, prestaram depoimento na Cidade da Polícia, complexo que reúne 14 delegacias especializadas, no Jacarezinho, zona norte do Rio, a seis quilômetros do Maracanã. Entre os presos estava uma mulher.

Eles devem ser indiciados no artigo 41, item b, do Estatuto do Torcedor, que estabelece punições para aquele que "promovertumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos". A pena prevista é de um a dois anos de prisão e multa. Um representante do consulado chileno e outro do Itamaraty acompanharam os depoimentos.

No domingo, argentinos detidos por invasão ao Maracanã, durante o jogo contra a Bósnia, foram indiciados por "conduta inconveniente", que tem pena mais leve do que a prevista no artigo 41. Eles deveriam pagar uma cesta básica para serem liberados. No caso dos argentinos, no entanto, não houve dano ao patrimônio, como ocorreu na invasão chilena.

Do lado de fora da Cidade da Polícia, próxima de duas das favelas mais violentas da cidade, a de Manguinhos e a de Jacarezinho, pelo menos dez amigos dos detidos aguardam informações. Um deles era o chileno Luis Leite, que esperava Fabián Rojas, de 24 anos. Ele segurava um ingresso, que dizia pertencer a Rojas. "Nós nos perdemos. Marcamos de nos encontrar, mas ele não apareceu. Eu estava com o ingresso dele", disse Leite. O bilhete, no entanto, não era nominal a ninguém. 

Entre os detidos, havia pelo menos um argentino, Luis Thompson. "Estamos no Rio há cinco dias e não conseguimos comprar ingresso. Ele não invadiu. Foi preso do lado de fora do estádio", defendeu o argentino Pedro Garcia, amigo de Thompson. "Ele não é barra brava. É apenas um torcedor entusiasmado de futebol", disse.

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