Irregular, França almeja não cair diante da zebra Honduras

Jogo de estreia das equipes, pelo grupo E, será realizado no próximo domingo, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre

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Por Angus Macswan
Atualização:

A ex-campeã mundial França entrará em campo como ampla favorita contra a zebra Honduras pelo Grupo E da Copa do Mundo, em Porto Alegre, no domingo, embora sua tendência à autodestruição dê ao time da América Central uma esperança de surpreender. Os franceses iniciam sua campanha com um time mais alegre e estável com o técnico Didier Deschamps, e almejam apagar as lembranças do torneio de 2010 na África do Sul, onde os jogadores se rebelaram contra o comando de Raymond Domenech e voltaram para casa em desgraça após uma exibição desastrosa. Aqueles com boa memória ainda irão se lembrar do jogo de abertura da França como campeã em 2002 contra o Senegal, em que foi derrotada e acabou sofrendo uma eliminação precoce. A França recebeu um golpe quando o meia Frank Ribéry foi cortado por problemas nas costas. O jogador de 31 anos, embora irregular em suas atuação na seleção, esteve em excelente forma nas últimas temporadas no Bayern de Munique. O meio-campista Clement Grenier também foi cortado. Morgan Schneiderlin e Rémy Cabella foram convocados em seus lugares. Deschamps, que capitaneou a seleção campeã de 1998, resistiu à tentação de convocar Samir Nasri. O foco agora é Karim Benzema, o atacante de 26 anos do Real Madrid que brilhou na recente temporada do clube espanhol. Também se espera muito de Paul Pogba. A França penou para se classificar para a Copa, disputando a repescagem e conseguindo uma vitória de 3 x 0 sobre a Ucrânia em Paris para compensar um déficit de 2 x 0. Não é uma das favoritas ao troféu, mas estando em um grupo relativamente fácil, que ainda inclui Suíça e Equador, deve partir rumo à fase eliminatória passando por Honduras. Para Honduras, o adágio de Bob Dylan “Quando você não tem nada, não tem nada a perder” pode ser o lema da campanha. Os centro-americanos jamais venceram sequer uma partida em suas duas únicas participações no Mundial, em 1982 e 2010, e não fizeram nenhum gol na África do Sul. Ainda assim, não devem fazer feio desta vez, e o clima positivo foi reforçado pelo empate sem gols com a Inglaterra em um amistoso em Miami na semana passada. Os hondurenhos, treinados pelo colombiano Luis Fernando Suárez, chegaram ao Brasil com estilo. Encabeçaram seu grupo nas preliminares da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), e depois obtiveram uma vitória histórica sobre o México no estádio Azteca na crucial partida eliminatória. “Sabemos sobre as outras seleções no Grupo E –-conheço todos os jogadores de França, Suíça e Equador-– mas a França e a Suíça não sabem muito sobre nós”, disse o veterano meio-campista Wilson Palacios. Muita coisa está depositada nos ombros de Palacios, embora ele tenha passado muito tempo no banco de seu time, o inglês Stoke City. Emilio Izaguirre, do Celtic, jogador do ano na Escócia em 2011, também terá que dar o melhor de si na defesa para deter o ataque francês.

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