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Joachim Löw, o revolucionário do futebol alemão

Há 12 anos no cargo, técnico revela atletas para a seleção

Por Wilson Baldini Jr
Atualização:

Dos 26 jogadores que formaram a seleção da Alemanha nos recentes amistosos diante de Espanha e Brasil, apenas oito estiveram na Copa do Mundo de 2014. Este é o resultado de um trabalho de renovação iniciado em 2004 e do qual Joachim Löw fez parte como assistente técnico do amigo Jürgen Klinsmann, ex-atacante. A missão era recuperar o prestígio alemão, abalado após maus resultados em competições internacionais.

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Löw não faz parte da tese de que para ser um grande técnico é preciso ter sido um grande jogador. Sua carreira pelos campos não registra jogos ou resultados significativos, muito diferente de quando se analisa seu trabalho no banco de reservas.

Mestre:Joachim Löw tem bastante prestígio no futebol alemão Foto: Filip Singer/EFE

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Técnico da Alemanha ao substituir Klinsmann, após o terceiro lugar conquistado no Mundial dentro de casa, em 2006, Löw foi o responsável pela reformulação geral da seleção, com grande investimento nas categorias de base e o surgimento de jogadores como Schweinsteiger, Podolski e Özil, que se juntaram a Neuer, Müller, Kroos e Gotze.

“O futebol alemão sempre foi muito forte taticamente. Nossa preocupação foi transformar os jogadores mais técnicos e criativos”, diz Löw, que escalou seis campeões da Copa das Confederações do ano passado na derrota para o Brasil anteontem em Berlim. “O planejamento é ter sempre um grupo grande de atletas que possam estar no mesmo nível e manter um padrão para a nossa seleção.”

Para a Copa do Mundo da Rússia, Löw aposta em garotos como Goretza, Draxler e Werner para mesclar com os mais experientes e apresentar algo novo diante dos adversários em busca do pentacampeonato, o que faria a Alemanha se juntar ao Brasil em número de títulos. “Conseguimos um feito muito importante em 2014, ao ganhar um título na América do Sul. Obter um segundo título consecutivo seria o coroamento de um trabalho iniciado há mais de uma década”, afirmou o treinador de 58 anos, que assumiu a seleção em 1.º de agosto de 2006 e, dois anos atrás, renovou contrato até 2020. O acordo termina no fim da Eurocopa.

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Seu salário é de 4 milhões de euros, cerca de R$ 16 milhões, por ano. “Desenvolver este time e estes jogadores, tentando tirar deles o que há de melhor, é um verdadeiro prazer para mim”, comentou o estudioso treinador alemão.

Além da conquista de mais um título em Copa do Mundo, Löw tem como objetivo levar a Alemanha ao primeiro lugar na Eurocopa, feito obtido pela última vez em 1996, para coroar o seu trabalho. “O título europeu é muito importante para nós e nossa preparação é para colocar a Alemanha nas melhores condições para conseguir os primeiros lugares em todas as competições”, disse.

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