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Jogadores do Atlético-MG comemoram título da Copa do Brasil

Após vitória por 1 a 0, atletas foram celebrar a conquista inédita próximos aos poucos torcedores; Cruzeiro atribui derrota a cansaço

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Por Redação
Atualização:

A comemoração pelo primeiro título na Copa do Brasil começou dentro de campo. Porém, com poucos torcedores no Mineirão, o Atlético não fez a tradicional volta olímpica, mas foi para um canto do campo onde estava a torcida para comemorar. Depois de 90 minutos atuando dentro das quatro linhas, o zagueiro Léo Silva, capitão do time, levantou a taça para comemorar o título inédito. "Poderiam fazer uma taça mais leve. Afinal são 18 quilos e depois de uma partida inteira, foi difícil segurá-la. Mas não tem gosto melhor do que levantá-la", comemorou o capitão. No primeiro tempo, o zagueiro sentiu a coxa depois de uma disputa de bola, mas fez o possível para voltar bem no segundo tempo. "Tivemos pouco tempo. A fisioterapia entrou em ação para que a gente pudesse voltar com menos dor", contou o jogador, que chegou a tomar injeções durante o intervalo para não ter que sentar no banco de reservas. O esforço de todos os jogadores foi um ponto destacado pelo técnico do Galo, Levir Culpi, durante coletiva após a partida. "Os caras deram 100% e eu nunca tive como cobrar. Se existe uma justiça nesse mundo, foi essa vitória", afirmou o técnico. Ele lembrou também que a equipe do Galo teve que passar por grandes times como Corinthians, Flamengo e até mesmo o Cruzeiro, antes de chegar à final da Copa do Brasil.

Leonardo Silva levantou o troféu no Mineirão Foto: Paulo Fonseca/EFE

Para Culpi, a vitória do Atlético nessa quarta-feira foi um misto de raça dos atleticanos e cansaço da equipe adversária. "Teve um pouco isso também (cansaço). Bom lembrar que o Marcelo (Oliveira) conseguiu montar um time muito em estruturado, tocador de bola, que é a escola do Cruzeiro. Além disso, eles tinham alguns fatores positivos como jogar em casa e a conquista do Brasileiro. Só que eles encontraram um Atlético Mineiro que jogou com a alma, que é o que guia o time. Acho que nós vencemos porque vestimos a camisa do Atlético e acho que o título foi justíssimo ter ficado com o Atlético e o Brasileiro com o Cruzeiro", defendeu o técnico do alvinegro. Diego Tardelli, que recebeu o título de melhor jogador da competição, também destacou o esforço da equipe. Ele não descartou que os jogadores temiam o adversário. "A gente temia. Lógico que tem aquela adrenalina, aquele medo entre aspas, mas o medo também deixa a gente com coragem. O time se doou em campo, jogou com espírito de campeão. Agora vamos comemorar que a noite é nossa". VICE-CAMPEÕES Do lado do Cruzeiro, a derrota na final da Copa do Brasil foi amenizada pela vitória antecipada do Campeonato Brasileiro. "Estou triste pela derrota, mas temos que comemorar porque a gente foi campeão mineiro, bicampeão brasileiro. Acho que a equipe está de parabéns", afirmou o zagueiro Bruno Rodrigo logo após a derrota. Para ele, as decisões seguidas acabaram cansando o time. "A equipe do Atlético descansou, a gente vem de decisão atrás de decisão. Querendo ou não, sempre desgasta", justificou. O goleiro celeste Fábio também culpou o desgaste pela perda dessa quarta-feira. "Infelizmente, hoje a equipe não conseguiu render o que sabe, o que pode. Para nós, o importante é que conseguimos o bicampeonato brasileiro. São poucos os clubes que conseguiram essa façanha", disse. Já o técnico do Cruzeiro Marcelo Oliveira não amenizou a derrota e apontou alguns erros do time durante a partida. "Não poderíamos levar o gol da forma que foi: um escanteio, todo mundo na área. E a gente não marcou o suficiente para virar o primeiro tempo. Deu para notar também que as segundas bolas eram todas do adversário porque o time estava travado", apontou o técnico. Mesmo assim, ele não deixou de elogiar o Atlético. "Tem méritos o adversário, mas o Cruzeiro tem que se valorizar por tudo que fez neste ano", disse, lembrando que a Raposa venceu os Campeonatos Mineiro e Brasileiro.

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