A primeira rodada do Campeonato Brasileiro foi marcada por protesto dos jogadores contra a proposta de reforma trabalhista da categoria que tramita no Congresso Nacional. No Rio de Janeiro, jogadores de Flamengo e Atlético-MG entraram em campo com uma faixa preta no braço. O fato também se repetiu em São Paulo, na partida entre Corinthians e Chapecoense, e nos demais jogos da Série B.
O movimento organizado pela Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) é contra, entre outras coisas, o fim do "direito de arena", instrumento contratual que remunera os atletas que têm jogos transmitidos na TV.
"Estão propondo uma alteração na lei Pelé que é absurda, inaceitável. Protestamos contra essa iniciativa e lutaremos para que ela fracasse. Nós, que temos a chance de jogar nos principais clubes do futebol brasileiro, defenderemos até o fim os direitos dos jogadores que não tem voz, principais prejudicados nessa história", disse a Fenapaf, em nota.
"Modificação na estrutura do direito de arena, parcelamento de férias, repouso semanal remunerado em 2 períodos de 12 horas, fim do recesso coletivo do calendário e insegurança contratual estão nas propostas de mudança que tramitam no Congresso Nacional e causam revolta na categoria", completa o comunicado de convocação ao movimento.
A federação entende que a proposta do Governo, já aprovada pela Câmara dos Deputados e à espera de apreciação do Senado, trará prejuízos à Lei Pelé, que regulamenta os acordos entre clubes e atletas, e afetará mais de 30 mil pessoas.
Existe a expectativa de que os demais times do Brasileirão, nas duas divisões, façam adesão ao momento.