PUBLICIDADE

Publicidade

África do Sul investiga acusação de propina para sediar Copa

Justiça do país entra em ação após denúncias de suborno

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

As autoridades da África do Sul informaram nesta quinta-feira que abriram uma investigação "preliminar" para apurar as acusações de que o país foi escolhido sede da Copa do Mundo de 2010 sob pagamento de propinas. A ação é resultado do depoimento do ex-membro do Comitê Executivo da Fifa, Chuck Blazer. Ele garantiu na quarta que houve suborno na eleição das sedes dos Mundiais de 1998 e 2010. Trata-se de mais uma ação desencadeada pela grande mobilização da Justiça dos Estados Unidos, que na semana passada deu início à maior crise da história da Fifa com diversas prisões de dirigentes por corrupção. A investigação, que segue abalando o mundo do futebol, inclusive culminou na renúncia do presidente da entidade, Joseph Blatter, apenas quatro dias depois de garantir a reeleição. Membro da oposição sul-africana, Anton Alberts declarou que seu partido recebeu a informação de que uma investigação anterior sobre "pagamentos irregulares" na eleição da sede para 2010 foi interrompida por "interferência de alto nível". "A informação é que houve um envolvimento e a investigação foi interrompida por alguém do nível político."

Na última quarta, Blazer revelou que houve suborno na escolha das sedes de 1998 e 2010 Foto: Frank May/EFE

Os documentos foram enviados ao Diretório para Investigação de Crimes Prioritários da África do Sul e ainda seriam amplamente analisados. "A informação é um pouco crua", explicou Alberts, antes de dizer que as pessoas estão "saindo da toca" agora que a investigação de corrupção na Fifa é conduzida pela Justiça norte-americana. O porta-voz do diretório, Brigadeiro Hangwani Mulaudzi, explicou à agência The Associated Press que a investigação preliminar foi aberta e que a unidade ainda decidiria se os documentos são suficientes para uma investigação completa. "Há investigadores analisando o problema."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.