Leco sobre invasão ao CT: 'O que assistimos hoje foi deplorável'

Presidente do São Paulo concedeu entrevista coletiva após protestos deste sábado

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Por Sergio Neto
Atualização:

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, concedeu na tarde deste sábado uma entrevista coletiva decorrente às invasões que aconteceram mais cedo no CT do clube, na Barra Funda. De acordo com o dirigente, os atos foram deploráveis e serão apurados com todo rigor para que providências sejam tomadas.

De acordo com Leco, "as cobranças são legítimas e até necessárias. Mas o que aconteceu aqui hoje foi outra coisa, e isso nós não vamos aceitar". O presidente do São Paulo ainda dirigiu-se diretamente aos responsáveis pela invasão e disse que o ocorrido teve interesse político. "Aos autores e idealizadores desse ato digo que não me intimidam, muito pelo contrário. Uma coisa é a insatisfação da torcida com a situação do clube no campeonato, ou até a frustração diante de uma derrota inaceitável para um clube do tamanho do São Paulo. Outra coisa muito diferente é uma manifestação como esta de hoje arquitetada com fins políticos para tentar desestabilizar a administração do clube."

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Integrantes de torcidas organizadas do São Paulo realizaram um protesto na manhã deste sábado em frente ao CT do clube devido à má campanha no Campeonato Brasileiro e também à derrota sofrida na última quarta-feira diante do Juventude por 2 a 1 em pleno Morumbi pela Copa do Brasil. Por volta das 11h, os torcedores conseguiram entrar nas dependências do clube e interromperam o treino que estava acontecendo no local. Alguns jogadores foram poupados, assim como o técnico Ricardo Gomes. Outros, como Carlinhos, Michel Bastos e Wesley chegaram a ser agredidos. O clube também teve alguns pertences furtados como camisas de treino e bolas. No momento em que os fatos ocorreram, Leco estava em Cotia, outro CT do São Paulo, dedicando-se a outros compromissos.

O São Paulo possui imagens de circuito interno de todo o ato. Estas gravações serão usadas pelas autoridades responsáveis para que possíveis culpados sejam identificados. "Os idealizadores deste protesto não estão preocupados com o bem do São Paulo. Eles apostam no quanto pior melhor, mas serão identificados e desmascarados. E sobretudo, não vão triunfar", afirmou Leco.

Leco também fez questão de deixar claro que irá prestar solidariedade ao elenco, à comissão técnica e a todos os profissionais que trabalham no São Paulo. "Como presidente do São Paulo, sei da insatisfação da imensa nação são-paulina com o desempenho atual do time no campeonato nesse momento. Mas sei também que a nação são-paulina não apoia nem tolera atos de vandalismo como os que vimos hoje".

Ao todo, o São Paulo não vence há dez jogos. No Brasileirão, por exemplo, o time venceu apenas quatro partidas jogando em casa, ocupando a 11ª colocação com 27 pontos, campanha de sete vitórias, seis empates e oito derrotas. Passados os protestos, os jogadores continuaram no CT e realizaram um treino fechado às 16h30 comandado por Ricardo Gomes visando a partida deste domingo contra o Coritiba. Todos os jogadores estarão à disposição para o duelo, exceto Rodrigo Caio, que ainda é dúvida por causa de desconforto muscular.