Manaus fez campanha para receber o futebol na Arena da Amazônia

Cidade do norte teve trabalho para convencer Fifa e COI

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Foto do author Almir Leite
Por Almir Leite e Márcio Dolzan; Raphael Ramos
Atualização:

Ao contrário de São Paulo, que só receberá o futebol olímpico se houver um grande acordo para o pagamento da conta, o Amazonas fez de tudo para garantir participação nos Jogos. O Comitê Olímpico Internacional e principalmente a Fifa não queriam incluir a Arena da Amazônia no calendário por causa da grande distância entre a cidade de Manaus e o Rio de Janeiro - 2.852 km em linha reta. No entanto, governo do Estado e prefeitura da capital fizeram uma campanha intensiva em prol da inclusão do estádio, e foram bem-sucedidos. A campanha contou inclusive com visitas do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e do vice-governador do Estado, Henrique Oliveira, ao Rio para negociar com representantes de COI, Fifa e CBF. "Os organizadores gostam de ter uma concentração para facilitar muitas coisas, mas embora Manaus fique distante nosso êxito na organização da Copa do Mundo fez com essa questão fosse superada", comemorou no dia do anúncio da escolha de Manaus o governador José Melo. Não foi tão simples assim. A Arena da Amazônia é um dos "elefantes brancos" do pós-Copa. Quase não é utilizada, tem despesa mensal de manutenção estimada em R$ 500 mil e precisa receber eventos. Por isso, até a CBF entrou na "campanha olímpica" nos amazonenses. Outro fator decisivo: uma das principais garantias dadas para dobrar os cartolas internacionais foi de que dinheiro para as adequações que se façam necessárias na arena não será problema. Ainda não se sabe quanto vai ser gasto. A garantia foi dada pelo governo local, a exemplo do que ocorreu nas outras sedes do futebol: Rio (Maracanã e Engenhão), Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha)e Salvador (Fonte Nova). 

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