PUBLICIDADE

Publicidade

Marcelo Oliveira agradece ao Palmeiras e sai de 'cabeça erguida'

Técnico deixa clube com 24 vitórias, 11 empates e 18 derrotas

Por Daniel Batista
Atualização:

Demitido após a derrota por 2 a 1 para o Nacional-URU, na quarta-feira, no Allianz Parque, o técnico Marcelo Oliveira divulgou nesta quinta-feira uma carta de agradecimento ao Palmeiras, diretoria e funcionários e disse deixar o clube de cabeça erguida e com o sentimento de dever cumprido. Além disso, o ex-treinador palmeirense desejou sorte ao clube alviverde na disputa da Copa Libertadores.  Contratado no dia 15 de junho do ano passado, Marcelo Oliveira fez 53 jogos, sendo 24 vitórias, 11 empates e 18 derrotas. Ele dirigiu o Palmeiras na conquista da Copa do Brasil no ano passado, mas desde sua chegada ao clube, não conseguiu dar um padrão tático que passasse confiança. Enquanto a diretoria negocia com Cuca para ocupar o cargo, Alberto Valentim assume interinamento o comando da equipe e será o treinador no clássico com o São Paulo, domingo, no Pacaembu. 

Marcelo Oliveira deseja sorte ao Palmeiras na disputa da Copa Libertadores Foto: Nilton Fukuda|Estadão

NOTA DE DESPEDIDA DO TREIBADOR Geralmente, quando um treinador deixa um clube, publicar uma nota de despedida é quase um padrão, mesmo que não esteja sendo sincero naquele momento. Porém, quero aqui enfatizar que as palavras que direi agora são sem hipocrisia alguma. Realmente, gostaria de deixar meu muito obrigado a toda a diretoria da Sociedade Esportiva Palmeiras, desde o Paulo Nobre e o Alexandre Mattos até os demais integrantes da direção. Eles estiveram ao lado da comissão técnica do início ao fim da minha passagem, tanto nos bons quanto nos maus momentos, mesmo que isso muitas vezes não tenha sido percebido pelos olhos da imprensa. Na verdade, esse fato demonstra que nem tudo de bom que acontece em um trabalho chega aos holofotes, tampouco tem a necessidade de ser exposto. Quero expressar também minha gratidão aos funcionários do clube, pessoas competentes e dedicadas, que sempre tiveram atenção, carinho e respeito conosco, na fase de críticas ou na de glórias; ao grupo de jogadores, que sempre se doou ao máximo, independentemente de certos rumores externos que ocorreram, sobretudo preservando o bom ambiente ao longo desses mais de oito meses. De fato, foram muitas as dificuldades enfrentadas, mas conquistamos um título de expressão para o clube quando ninguém acreditava que seria possível. Conseguimos porque a consciência de que tínhamos uma responsabilidade compartilhada em cada partida falou mais alto, e a individualidade foi deixada de lado em benefício do mérito coletivo nos triunfos, sempre com o pensamento de que todos devem reagir depois dos tropeços. Já havia alguns anos que um título não era conquistado pelo Palmeiras, e a pressão por campanhas vitoriosas era nítida, assim como acontece em qualquer outra agremiação da grandeza deste clube. Justamente por isso, a Copa do Brasil me traz um alento muito grande, pois, como disse em algumas ocasiões, no futebol não se conquista nada em sorteio de loteria, então, uma parte dos nossos objetivos foi alcançada. Além disso, não teríamos tido êxito algum, especialmente no caso de um torneio mata-mata, caso o plantel não tivesse unido forças com a comissão técnica, com a diretoria e com a torcida em prol do mesmo objetivo. Por isso, sem dúvida, saio com uma enorme satisfação por ter feito parte de um momento especial da história do Palmeiras. Todavia, deixo o clube com o sonho interrompido. Assim como era meu pensamento em outros trabalhos, prezo sempre por cumprir o contrato até o fim. Além disso, ser campeão da Libertadores é também um desejo meu e compartilhava desse sentimento com cada palmeirense que conversei. Quero deixar um recado muito honesto a essa torcida fanática e gigante: ficarei na torcida para que vocês possam celebrar a conquista da América, ainda este ano, com o novo comandante. Na maioria maciça dos nossos jogos no Allianz Parque, o apoio vindo das arquibancadas foi notório e incondicional, mesmo em momentos complicados do jogo. Esse incentivo nos fez ter vitórias épicas dentro de casa nos últimos meses. Dessa forma, sei que a equipe jamais caminhará sozinha e se manterá viva com possibilidades de seguir adiante e realizar o sonho de uma nova Libertadores. Meus mais sinceros agradecimentos, Marcelo Oliveira 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.