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Melhor jogadora, Megan Rapinoe discursa contra racismo e homofobia

Vencedora do prêmio da Fifa, norte-americana reforça engajamento social que mostrou na Copa do Mundo

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Por Redação
Atualização:

A melhor jogadora do mundo na premiação Fifa The Best foi a norte-americana Megan Rapinoe. A premiação do futebol feminino encerrou a cerimônia promovida pela Fifa na tarde desta segunda-feira (horário de Brasília), em Milão, na Itália. "Muito obrigada a todas as jogadoras com quem joguei no passado. Foi um ano incrível para o futebol, a Federação Francesa e a Fifa fizeram uma grande Copa, fazer parte disso foi indescritível", disse a norte-americana. No masculino, Messi foi escolhido o melhor do mundo. 

Megan Rapinoe foi eleita a melhor jogadora do mundo Foto: Luca Bruno AP

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Na Copa do Mundo da França, Rapinoe se destacou também pela atuação engajada fora de campo. Ela criticou o presidente Donald Trump e afirmou que não iria à Casa Branca em caso de conquista do título, o que acabou se confirmando. Defensora da igualdade racial e de gênero, a jogadora, que é abertamente gay, não canta o hino de seu país durante a execução antes das partidas como forma de protesto. Em seu discurso após receber o prêmio, a norte-americana criticou o racismo e a homofobia.

“Uma das histórias que me inspiraram muito esse ano foi de Raheem Sterling e Koulibaly. Eles fizeram grandes histórias no campo, mas a maneira como encararam o racismo este ano e provavelmente em toda a sua vida... A torcedora iraniana que colocou fogo no próprio corpo apenas por ter ido a um jogo, as jogadoras LGBT que lutam contra a homofobia. Se todo mundo se posicionasse contra o racismo como todas essas pessoas se posicionaram, se todos se posicionassem contra a homofobia como as jogadoras LGBT fazem para jogar futebol", afirmou Rapinoe.

"Temos grandes oportunidades, temos grande sucesso, uma grande plataforma. Temos a oportunidade de usar esse jogo lindo para realmente mudar esse mundo para melhor”, afirmou a atacante ao receber o prêmio. 

A holandesa Sari van Veenendaal, de 29 anos, foi eleita a melhor goleira do mundo. A brasileira Marta, do Orlando Pride, foi escolhida para a seleção feminina mundial FIFPro. É a primeira vez que a entidade mundial que representa os jogadores e jogadoras profissionais premia uma seleção feminina na festa da Fifa. A seleção mundial da FIFPro é: Sari van Veendaal (Holanda), Lucy Bronze (Inglaterra), Nilla Fischer (Suécia), Kelly O'Hara (EUA) e Wendie Renard (França); Julie Ertz (EUA), Amandine Henry (França) e Rose Lavelle (EUA); Alex Morgan (EUA), Megan Rapinoe (EUA) e Marta (Brasil).

A americana Jill Ellis, que comandou a seleção dos Estados Unidos ao título da Copa do Mundo da França, ganhou o prêmio de melhor treinadora de futebol feminino do mundo. 

Prêmio para torcedora brasileira

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palmeirense Silvia Grecco recebeu o prêmio de melhor torcedora, batizado de Fifa Fan Award. Quando vai ao estádio junto com o filho portador de deficiência visual, Nickollas, de 12 anos, ela costuma narrar para ele os lances das partidas.

A dupla foi descoberta em setembro do ano passado pela equipe da reportagem da TV Globo durante partida entre Palmeiras e Corinthians no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro. Silvia se senta no estádio ao lado do filho e busca descrever todas as jogadas para ele. Nickollas além da deficiência visual, tem também autismo.

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