Membros da banda Pussy Riot que invadiram campo durante final da Copa são soltos

Grupo ficou 16 dias na cadeia, após se disfarçarem de policiais para ter acesso ao gramado na decisão entre França e Croácia

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Por Tom Balmforth
Atualização:

MOSCOU (Reuters) - Quatro membros da banda punk russa anti-Kremlin Pussy Riot que invadiram o campo durante a final da Copa do Mundo da Rússia foram liberados da custódia da polícia depois de ficarem detidos por 16 dias, disse seu advogado nesta quarta-feira.

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O grupo cumpriu uma pena de 15 dias por invadir o gramado usando uniformes de policiais durante o segundo tempo da decisão entre Croácia e França em 15 de julho, interrompendo a partida brevemente com um protesto que disseram ter sido uma defesa da liberdade de expressão. Os quatro deveriam ter sido soltos na segunda-feira, mas foram detidos imediatamente depois de serem libertados e mantidos por mais um dia antes de finalmente serem postos em liberdade na noite de terça-feira, disse o advogado Nikolai Vasilyev.

Manifestante do grupo punk russo Pussy Riot invade gramado na final da Copa do Mundo Foto: Darren Staples/Reuters

Não ficou claro se eles enfrentarão novas acusações por desobedecerem a polícia e realizarem um evento público sem permissão prévia, que a polícia tentou lhes impingir sem sucesso, segundo Vasilyev. Estes delitos implicam em penas máximas de 10 e 15 dias de prisão. A breve invasão do grupo no principal estádio de Moscou diante do presidente russo, Vladimir Putin, e de outras autoridades de alto escalão foi uma violação de segurança rara durante a Copa do Mundo.

O grupo disse que a façanha também foi um protesto contra o que veem como políticas corruptas da Fifa, a entidade global do futebol. A Pussy Riot ganhou destaque nacional em 2012, quando suas integrantes foram presas por realizarem um protesto contra Putin em uma catedral ortodoxa russa em Moscou, e desde então se tornou um símbolo das ações de repúdio ao Kremlin.

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