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Merecíamos estar no lugar deles, diz Domenech após derrota

O treinador da seleção francesa também disse ter ficado triste com a forma que o craque Zidane encerrou a carreira. O meia foi expulso após agredir um rival.

Por Agencia Estado
Atualização:

Assim como um péssimo perdedor, o treinador da França, Raymond Domenech, não soube reconhecer a vitória da Itália por 5 a 3, nos pênaltis - o jogo acabou empatado por 1 a 1 -, e disse acreditar que o seu time merecia ter conquistado o bicampeonato mundial. "É uma grande decepção, acho que não há outra palavra mais forte para resumir o que estamos sentindo. Se houver, pode encaixá-la neste contexto. Nós merecíamos estar no lugar deles (italianos). Tínhamos vontade de viver isso e não desperdiçar esse momento", disse o treinador. "Perder nos pênaltis não é derrota. Estávamos com o espírito de vitória para levar esse jogo. Estamos muito acima do adversário." Como é de praxe, Domenech desmereceu o vice-campeonato na Copa do Mundo da Alemanha. "Não posso estar feliz em ser apenas o segundo", analisou. Ele também falou da expulsão do meia Zinedine Zidane, na prorrogação após dar uma cabeçada no italiano Materazzi. "Sentimos a falta dele nos últimos minutos. É uma pena, pois pesou bastante para a nossa derrota", admitiu. Para o treinador, o trio de arbitragem não viu o lance da agressão de Zidane. "Não vi o que aconteceu, não sei se foi justa. Mas quando fui conversar com o quarto árbitro (o espanhol Luis Medina Cantalejo), ele me disse que também não presenciou nada. A decisão (de expulsar o jogador) deve ter sido tomada através do vídeo, é uma nova regra que acabaram de inventar", criticou Domenech. Apesar do desabafo, o treinador disse ter ficado desapontado com a forma que Zidane se aposentou. "Sempre é triste ver um jogador como ele encerrar a carreira desta forma. Ele fez uma ótima Copa, preferia ter tirado Zidane de campo cinco minutos antes do término da partida para que ele fosse ovacionado", contou. Sobre sua permanência no comando da equipe, Raymond Domenech não revelou se seguirá no cargo. "Vou sair de férias antes de decidir o que vou fazer. Os dirigentes da FFF (Federação Francesa de Futebol) irão se reunir na terça-feira para debater sobre o nosso desempenho na competição. Hoje isso é a última das minhas preocupações. O meu futuro não é o mais importante neste momento", garantiu.

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