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Michel Platini desiste de concorrer à presidência da Fifa em 2015

Francês vai se concentrar em seu trabalho no comando da Uefa e deixa a corrida aberta para um novo mandato de Joseph Blatter

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Por Jamil Chade - Correspondente em Genebra
Atualização:

Atualizado às 09h35 Michel Platini desiste de concorrer à presidência da Fifa e deixa a corrida aberta para um novo mandato de Joseph Blatter. As eleições estão marcadas para 2015 e o ex-craque francês que hoje preside a Uefa considerava a possibilidade de se apresentar para suceder Blatter no comando do futebol mundial. Na manhã desta quinta-feira em Mônaco, no entanto, Platini informou aos demais membros da Uefa e à imprensa que desistiu da empreitada. "Essa é a minha decisão", declarou o francês, insistindo que vai se concentrar em seu trabalho no comando da Uefa. Blatter já deixou claro que vai concorrer a seu quinto mandato. Em São Paulo, em junho, antes da Copa do Mundo, o suíço conseguiu bloquear uma proposta da Uefa justamente para colocar um limite aos mandatos de cartolas.

Platini concluiu que não recolheria apoio suficiente para superar Blatter no pleito Foto: Lionel Cironneau/AP - 22/2 2014

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No cargo desde 1998, Blatter tem o apoio de grande parte das federações africanas e asiáticas. Platini, ao fazer as contas, chegou à conclusão de que não recolheria apoio suficiente para bater seu rival.CATAR Outro fator que passou a fazer parte dos cálculos é a questão da investigação da Fifa sobre a suposta corrupção na entidade para dar ao Catar a Copa de 2022. Na imprensa inglesa, o nome de Platini foi mencionado como um dos que teriam sido influenciados pelo lobby do Catar. O francês admite que votou pelos árabes, mas rejeita que tenha recebido qualquer tipo de benefício. 

Blatter, para enfraquecer Platini, estava disposto a usar o escândalo na campanha e mostrar que o francês não poderia liderar a Fifa. Platini rejeita que esse tenha sido um dos fatores em sua decisão desta quinta. Em setembro, a Fifa deve apresentar seu informe final sobre as investigações. Durante a Copa do Mundo, ele chegou a abrir uma guerra contra Blatter, indicando que a Fifa precisava de um "novo ar". Seu comportamento intensificou as expectativas de que ele seria candidato. Mas agora deve esperar até 2019, quando Blatter terminaria seu quinto mandato. Além do suíço, o pleito contará com Jerome Champagne, que anunciou sua candidatura em janeiro.

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