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Momento é triste mas não de caça às bruxas, diz Parreira

O treinador acredita que "a seleção brasileira vai ressurgir" e que o "futebol brasileiro vai voltar a ser forte"

Por Agencia Estado
Atualização:

Acompanhado pelo supervisor da seleção, Américo Faria, e pelo coordenador-técnico da equipe, Zagallo, o técnico Carlos Alberto Parreira afirmou, neste domingo, que o momento é triste mas não se deve exagerar na busca de culpados pela eliminação do Brasil da Copa da Alemanha. "Hoje é dia de lamber as feridas e pensar no que aconteceu, mas não de caça às bruxas", avisou. O treinador acredita que a seleção brasileira vai ressurgir. "O futebol brasileiro vai voltar a ser forte, mas agora temos de pensar no futuro e projetar os próximos passos", explicou. Ele negou que tivesse se decepcionado com os jogadores, ressaltando que "o futebol não é individual". Para ele, não é hora de acusações a jogadores e comissão técnica, mas sim de se pensar no futuro. Com relação a seu futuro na seleção, Parreira afirmou que somente vai tomar uma decisão depois de conversar com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, quando a Copa acabar. E fez questão de destacar que não sente pressão nem para permanecer no cargo e nem para sair. Ele, no entanto, preferiu não responder ao ser perguntado se deseja continuar. O técnico não soube explicar a derrota. "Futebol não é uma ciência exata. E eu não consigo explicar exatamente o que aconteceu. Esperávamos um pouco mais do time e acho que poderíamos ter jogado um pouco melhor", afirmou Parreira. Mas ele destacou o desempenho do adversário. "Um dos motivos, sem dúvida, foi a grande atuação da França. E a atuação de gala do Zidane, que talvez tenha feito sua melhor partida nos últimos oito anos." Parreira disse que não tem arrependimentos, mas está triste, "porque não dei a alegria do título aos torcedores brasileiros. Nós estamos tão tristes quanto os torcedores, mas a vida continua". Com relação ao futuro da seleção, ele disse que as discussões sobre renovação do grupo são naturais, mas fez questão de frisar que muitos jogadores da seleção atual poderão defender o Brasil na próxima Copa, em 2010. Com relação às seleções que continuam no Mundial (Alemanha, Itália, Portugal e França), Parreira disse que são todas muito fortes e que o equilíbrio é grande. "Não dá para fazer prognóstico para o título", garantiu o treinador. "Não estava preparado" No sábado, logo após a partida, Parreira reconheceu que não estava preparado para ver a seleção voltar mais cedo para casa. "Antes de tudo, admito que é um momento muito duro. É difícil ser eliminado quando se está tão perto da final. Mas posso garantir que ninguém da delegação, tanto jogadores como a comissão técnica, estava preparado para isso. Temos que encarar a realidade e seguir em frente", afirmou. Parreira também elogiou o desempenho da seleção francesa na partida. "Era um duelo entre dois campeões mundiais e tudo era esperado. Eles [franceses] cresceram na hora certa e tem jogadores muito experientes. A França soube se postar bem na defesa e tentou exaustivamente jogadas pelas laterais. Aceitamos a derrota, mas sempre pensávamos em chegar na final", afirmou o treinador.

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