A segurança foi reforçada, ontem, na entrada do condomínio Jardim Acapulco, na praia de Pernambuco, no Guarujá - e até internamente, nas imediações da mansão onde Neymar se recupera da fratura na terceira vértebra da região lombar, sofrida sexta-feira da semana passada, diante da Colômbia na partida que classificou o Brasil às semifinais da Copa. A imprensa foi mantida afastada e apenas amigos tiveram livre acesso. De acordo com uma pessoa que esteve na residência ontem, as dores diminuíram e não está descartada a possibilidade de Neymar aceitar o convite do treinador Luiz Felipe Scolari para assistir à partida desta terça-feira, entre Brasil e Alemanha, às 17h, no Mineirão. A decisão será tomada logo cedo, pelo próprio Neymar. O mais provável é que o atacante siga a recomendação médica de repousar e assista ao jogo ao lado dos pais, Neymar e Nadine, da irmã Rafaela e dos amigos mais próximos, Gil Cebola, Gustavo e Joclécyo - que ele chama de ‘parças’ e que passaram o dia de ontem no condomínio -, e dos integrantes de sua assessoria.
Ontem, uma mesa de pôquer desembarcou na mansão, chamando atenção dos fãs que fazem vigília à porta.VisitantesDepois de receber a visita da ex-jogadora de basquete Hortência, de amigos e de uma equipe médica do Santos, na tarde de sábado, pouco depois de chegar em uma ambulância à mansão na Praia Pernambuco, o domingo de Neymar foi mais agitado, pelas companhias da atriz global Bruna Marquezine, sua namorada, do filho, Davi Lucca (levado pela mãe do garoto, Carol Dantas), além de Paulo Henrique Ganso, ex-companheiro de Santos desde as equipes da base. Marquezine passou a noite com Neymar e foi embora ontem pela manhã. A assessoria do jogador não soube informar se a atriz vai voltar hoje para assistir à partida decisiva ao lado do namorado. Na manhã de ontem foi a vez de Robinho ir ao Jardim Acapulco para confortar Neymar. Os dois atuaram juntos no Santos no primeiro semestre de 2010, nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, time que foi considerado modelo pelo futebol de técnica refinada e dos muitos gols que marcava. Robinho chegou a bordo de uma BMW branca, às 11h50, e saiu cerca de uma hora depois. "Vim dar uma força para o Neymar neste momento tão difícil. Trouxe o meu filho comigo, que ficou triste por causa da contusão e também quer dar um beijão nele", disse o maior expoente da geração santista campeã de 2002. Ele sempre recebeu de Neymar tratamento de ídolo e, antes da visita de ontem, havia trocado mensagens com o ex-companheiro de clube no sábado e também no domingo. Ao ser questionado sobre o tamanho da perda da seleção com a fratura sofrida por Neymar, Robinho demonstrou certa preocupação. "Se já estava difícil com ele, agora ficou pior ainda", respondeu.PlantãoDo lado de fora do condomínio de alto padrão, o número de fãs que apareceram ontem na esperança de ver o ídolo foi pequeno, bem inferior ao de sábado e domingo. Anteontem, o boato de que as dores na região lombar haviam diminuído e que Neymar poderia sonhar com a possibilidade de jogar a final (caso a seleção vença a Alemanha) levou uma nova legião de fãs ao condomínio. Ao final do dia, revelou-se que tudo se passava de especulação: Neymar, segundo o médico da seleção, José Luiz Runco, não tem chance de voltar a jogar nesta Copa do Mundo. Desde que o atacante chegou à cidade - sábado à tarde, vindo da Granja Comary -, uma equipe de televisão do Japão e outra da Argentina fazem plantão no lugar, ao lado de jornalistas brasileiros. E entrevistaram torcedores sobre o drama da maior estrela do futebol brasileiro. "No Japão, todos gostam de Neymar e querem saber o que se passa com ele", disse o repórter da TV japonesa.
