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No embalo de Kaká, liga dos EUA inicia novo ciclo

Campeonato começa com mais craques e clubes

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Foto do author Raphael Ramos
Por Raphael Ramos e Renan Fernandes
Atualização:

Desde a Copa de 1994 os Estados Unidos começaram a ser apontados como o país do futuro do futebol. Pois o futuro chegou. A 20ª edição da MLS (Major League Soccer), que começa hoje, será a maior da história da competição. Os números e contratações impressionam e passaram a chamar a atenção do restante do mundo.

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Contratado ano passado pelo Orlando City, Kaká será o primeiro atleta eleito melhor do mundo pela Fifa que disputará a MLS. Depois de passar seis meses emprestado ao São Paulo, a chegada do craque ao Orlando City tem mexido com a Flórida.

Os 60 mil ingressos para a estreia do brasileiro, domingo, contra o New York City, já estão esgotados, fruto de uma ampla campanha publicitária feita pelo Orlando City para lotar o estádio Citrus Bowl. Centenas de outdoors foram espalhados pela Flórida com fotos de Kaká com cara de mau e frases como “Durante 90 minutos você vai ter medo de piscar”.

Quando deixou o Milan no ano passado, Kaká passou a ser o jogador mais bem pago na história da liga americana, com US$ 7,1 milhões (R$ 21,2 milhões) por temporada. Em janeiro, no entanto, o brasileiro foi superado pelo italiano Giovinco, que trocou a Juventus pelo Toronto FC. De acordo com o jornal La Gazzetta dello Sport, o atacante receberá € 6 milhões (R$ 19,8 milhões), mais € 2,5 milhões (R$ 8,2 milhões) em bônus e direitos de imagem, totalizando R$ 28 milhões.

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Orlando City e New York City são os dois novos clubes da MLS. Se o Orlando aposta todas as suas fichas em Kaká, o New York confia no atacante David Villa, campeão mundial em 2010 e maior artilheiro da história da seleção espanhola.

Com a saída do Chivas, a MLS passou a ter 20 clubes (17 dos Estados Unidos e três do Canadá) e mudou a divisão das conferências. Houston Dynamo e Kansas City foram para a Oeste por causa da inclusão de Orlando City e New York City na Leste. Cada conferência tem dez equipes, e as cinco melhores vão para os playoffs.

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Para 2017, já estão certas a entrada de mais duas franquias, uma de Atlanta e outra de Los Angeles, cujo acionista é o ex-jogador de basquete Magic Johnson. A previsão é que em 2030 a MLS tenha 30 times. Cada nova franquia custa US$ 100 milhões.

Reflexo do momento histórico da MLS está nos contratos de televisão. Pelo novo acordo com ESPN, Fox Sports e Univision Deportes, a liga receberá US$ 90 milhões (R$ 270 milhões) por ano durante oito temporadas. O contrato anterior era de US$ 30 milhões (R$ 90 milhões). Outro acordo bastante comemorado pelos executivos da MLS foi a venda dos direitos de transmissão para a Sky Sports, que pela primeira vez vai para exibir os jogos do campeonato no Reino Unido.

O futebol passou a “bombar” na TV americana durante a Copa de 2014. Segundo dados da Fifa, a média de audiência dos jogos da seleção norte-americana superou a das finais da NBA e da World Series, as finais do beisebol de 2014. O jogo Portugal x EUA, por exemplo, foi assistido por 25 milhões de pessoas, enquanto que a média dos seis jogos da final do beisebol foi de 15 milhões.

O aumento do apelo popular pelo futebol nos Estados Unidos fez também a MLS rever contratos de patrocínio. A cervejaria Budweiser, parceira da liga desde 1996, foi trocada pela Heineken. Segundo o Wall Street Journal, a Heineken pagará por ano US$ 3 milhões de patrocínio, o triplo do que desembolsava a Budweiser, e mais US$ 7 milhões em “mídia e compromissos de marketing”.

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