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‘O clássico será decidido nos detalhes e quem errar menos vai ganhar’

Jucilei espera uma boa atuação do São Paulo contra o Corinthians pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro

Por Paulo Favero
Atualização:

Em pouco tempo no São Paulo, Jucilei se tornou titular e virou ídolo da torcida. Neste domingo, ele enfrenta seu ex-clube e quer mostrar que o São Paulo pode sonhar alto no Brasileirão. O time vem de um resultado positivo em casa, mas ainda não ganhou como visitante no torneio nacional. Para o volante, é muito importante somar ponto em Itaquera.

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Você esperava cair nas graças da torcida tão rapidamente?

A gente procura sempre vir e fazer um bom trabalho. Esse reconhecimento da torcida é bom. Isso me motiva mais, me dá mais confiança. É um ponto positivo. Isso só ajuda.

Em um passado recente se falava que o São Paulo era um time sem alma, que os jogadores não mostravam raça em campo. Esse grupo parece ter um perfil diferente. Você sente o elenco com vontade de mostrar um bom futebol? O grupo está muito focado, a gente sabe que temos um objetivo a alcançar neste ano. Todo mundo tem de correr dentro de campo, se não der na técnica tem de ser na raça e na vontade. Tem de deixar a vida dentro de campo. Costumo falar que a entrega e a vontade não podem faltar nunca. A gente tem de sair de campo cansado e colocar a cabeça no travesseiro ciente de que fez o melhor. Eu procuro sempre jogar assim. Se vou ganhar ou perder é consequência do jogo, mas só entro para dar meu melhor.

Que características você tem que os torcedores gostam?

A marcação. Eu jogo firme, marco bem, e o torcedor de qualquer time gosta disso. Falam que é o pitbull. Eu ainda saio para o jogo, então a torcida se identifica comigo.

Você falou do pitbull, mas você não é um cara que fica falando muito fora de campo, pelo contrário, você até parece ser um cara calmo. É isso mesmo? Sim, sou uma pessoa tranquila. Fora de campo eu sou um cara calmo, mas dentro eu falo um pouco, cobro, às vezes falo algumas coisas no vestiário também.

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Você não é um jogador que costuma fazer gols. O que te dá prazer numa partida? É o desarme. O cara que é marcador, quando rouba seis ou sete bolas em um jogo, isso é um prazer imenso para quem atua na minha posição. Eu faço poucos gols, atuou mais atrás, então é o desarme que me dá o prazer do gol.

Você ficou marcado no Corinthians por bons jogos e títulos. Você já enfrentou seu ex-clube antes e agora tem outro clássico. Qual a expectativa?

Fiquei seis anos fora, saí tranquilo do Corinthians. Temos um jogo difícil, clássico, na casa deles, mas temos nosso objetivo que é sempre vencer. Vai ser decidido nos detalhes e quem errar menos vai ganhar.

O que você tira de lição desse período fora do País?

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A experiência e o posicionamento são importantes. Aprendi muito com o Guus Hiddink. Ele me orientava bastante e falava para mim que eu era o chefe, que a bola tinha de passar por mim toda hora. Então guardei isso. Ele dirigiu Real Madrid, seleções, é um cara vitorioso, então quando falava isso me motivava mais. Levo isso para minha vida toda.

Você chegou a enfrentar o Rogério Ceni quando ele era jogador. Como está sendo ser comandado por ele?

Ele está me surpreendendo positivamente, pelo fato de ser novo como treinador e já mostrar uma experiência tão grande taticamente. Ele diz que tem de jogar para frente. Tem treinador que só fica na retranca e o modo que o Rogério Ceni joga me agrada muito.

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Ano que vem tem Copa do Mundo. Você tem esperança em voltar para a seleção?

A esperança é grande. Em 2010 defendi a seleção e agora ter a possibilidade de ser convocado é muito bom, ainda mais porque estou atuando no Brasil, a visibilidade é maior. Se for bem e atuar bem, a possibilidade existe sim. Só depende de mim e eu acredito.

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