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Palmeiras amplia freguesia do São Paulo no Paulista para 7 anos

Última vitória do Tricolor no clássico no Estadual foi em 2009

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Por Raphael Ramos
Atualização:

Treinadores chegam e saem do Morumbi e do Palestra Itália, mas a freguesia continua a mesma. Sob o comando do interino Alberto Valentim e à espera de Cuca, o Palmeiras bateu o São Paulo por 2 a 0, neste domingo pela manhã no Pacaembu, e ampliou para sete anos a invencibilidade sobre o rival em partidas válidas pelo Campeonato Paulista.

A última vitória do São Paulo sobre o Palmeiras no Estadual foi em 2009, quando venceu por 1 a 0. Se forem levados em consideração jogos de todas as competições, o Palmeiras não perde para o São Paulo desde novembro de 2014. No período, foram quatro vitórias alviverdes e um empate.

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Com a derrota deste domingo, o São Paulo ampliou o seu péssimo desempenho recente em clássicos. Nos últimos 16 jogos contra os seus maiores rivais do Estado (a partir de janeiro do ano passado) a equipe sofreu 11 derrotas, venceu apenas dois jogos e empatou três. São 12 gols marcados e 34 gols sofridos. Nem mesmo o técnico Edgardo Bauza, que chegou ao Morumbi este ano, conseguiu mudar esse cenário. O argentino perdeu os dois clássicos que disputou pelo mesmo placar – em fevereiro, foi derrotado pelo Corinthians no Itaquerão, também pelo Estadual.

O maior símbolo da superioridade do Palmeiras sobre o São Paulo é Robinho. O meia, que no ano passado marcou dois gols de cobertura em Rogério Ceni, voltou a se destacar ontem com um belo chute no ângulo, sem qualquer tipo de chance de defesa para Dênis, aos 42 minutos do segundo tempo.

Depois do jogo, houve confusão na praça Charles Miller, na frente do estádio do Pacaembu, envolvendo organizadas do São Paulo. Torcedores entraram em confronto com a Polícia Militar, que usou a cavalaria e bombas de efeito moral. Um grupo de torcedores chegou a voltar correndo para o estádio. Com exceção de alguns raros lances de efeito, o nível técnico da partida foi baixo. Se faltou qualidade, sobraram muitos passes errados, bolas divididas e chutes tortos.

O primeiro tempo foi muito fraco. O São Paulo até que começou melhor. O time se postou no ataque e o Palmeiras tinha dificuldade para passar do meio de campo. Faltava ao Tricolor, porém, variação de jogadas. Somente Rogério levava algum perigo efetivo a Fernando Prass, graças as suas jogadas individuais em velocidade.

O Palmeiras ficou 30 minutos sem dar um chute no gol. Só melhorou depois que acertou a marcação e o São Paulo diminuiu o ritmo. Mesmo com ligeira vantagem tricolor, a partida ficou mais equilibrada e, consequentemente, interessante.

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Emoção e gols só no segundo tempo. As duas equipes deixaram de se preocupar tanto com a marcação e o jogo ficou mais “solto”. Edgardo Bauza mexeu no time e colocou em campo Calleri, Ganso e Centurión, mas as substituição surtiram pouco efeito prático. Melhor para o Palmeiras, que foi eficiente e soube aproveitar as chances que teve. Aos 29, Allione armou o contra-ataque pela direita e tocou para Alecsandro, que avançou e cruzou para Dudu. O palmeirense se antecipou à marcação e bateu de primeiro no ângulo direito, sem chances para Denis.

O São Paulo não esboçou qualquer reação e o Palmeiras fez o segundo gol. Aos 42, Robinho recebeu de Allione na entrada da área, e bateu forte de pé esquerdo no ângulo. Mais um golaço para a coleção do meia na história do Choque-Rei.

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