Henrique fez mais um gol e chegou aos 13 na competição, mostrando que vai brigar pela artilharia com Marcelo Moreno, do Cruzeiro. Fernando Prass, após mais de cinco meses se recuperando de lesão, voltou e foi bem. Desde o dia 18 de maio a equipe não vencia dois jogos seguidos. Na rodada passada, derrotou a Chapecoense. Tudo isso dá moral para um elenco fraco, mas voluntarioso, e que tem pela frente uma sequência de dois clássicos (Santos e Corinthians) e duas equipes que brigam na parte de cima da tabela (Cruzeiro e Grêmio). Um descuido do time alviverde pode fazer com que toda a tormenta volte. Por esse motivo, a cautela é fundamental.
A vitória de ontem não foi fácil. As duas equipes entraram em campo com formações idênticas. Três volantes, um meia centralizado, um atacante na ponta e um mais centralizado. Essa igualdade tática fez com que os dois times não tivessem muitas dificuldades para marcar o adversário. Por isso, o primeiro tempo teve poucas emoções na maior parte do tempo. À medida que o relógio girava, Valdivia entrava no jogo. O chileno fez o Palmeiras sair do marasmo que se tornou hábito nas últimas partidas. Aliás, o meia é quem destoa do restante do time em relação a fazer algo diferente em campo. Seja para o bem ou para o mal. Depois de insistir em jogadas pela esquerda, sem êxito, o Alviverde resolveu mudar de lado e as jogadas começaram a surgir. Dos pés do chileno saíram as principais jogadas nos primeiros 46 minutos de jogo. A melhor delas foi um cruzamento na cabeça de Cristaldo, que exigiu boa defesa de Helton Leite. Faro de artilheiro. No segundo tempo, o técnico Dorival Júnior colocou Leandro no lugar de Cristaldo e a mudança surtiu efeito rápido. Logo aos quatro minutos, o reserva salvou uma bola que sairia pela linha de fundo, passou para Valdivia, que mesmo marcado, achou Henrique na área. O artilheiro recebeu e, com um rápido giro, bateu sem chances para Helton. O gol fez com que o Palmeiras tirasse um pouco o pé do acelerador e tentasse administrar o resultado muito cedo. O Botafogo foi para cima, mas sua colocação na tabela e a crise que se instalou no clube ajudam a explicar a dificuldade do time em campo para criar boas chances. Já o Palmeiras jogava nos contra-ataques e quase teve a chance de matar o jogo com Leandro, após mais uma bela jogada de Valdivia. O atacante chutou por cima do gol. Aos 36, o torcedor palmeirense levou um susto. Fernando Prass fez grande defesa em chute de Rogério e caiu com a mão no cotovelo direito, que o tirou dos gramados por pouco mais de cinco meses. Mas após alguns minutos de tratamento, o experiente goleiro voltou ao jogo e mostrou que estava bem. Nos minutos finais, Dorival resolveu fechar de vez o time e colocou o estreante Washington no lugar de Wesley. O objetivo era fechar ainda mais o time e tentar fazer o tempo passar para garantir mais um resultado positivo e dias de tranquilidade para trabalhar. Ontem, Marcelo Oliveira levou o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Grêmio.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 0 X 1 PALMEIRAS
BOTAFOGO -
Helton Leite; Régis, Matheus Menezes, André Bahia e Junior Cesar; Airton (Wallyson), Gabriel, Fabiano (Carlos Alberto) e Ramírez; Rogério e Zeballos (Yuri Mamute). Técnico: Vágner Mancini.
PALMEIRAS -
Fernando Prass; João Pedro, Lúcio, Tobio e Juninho; Marcelo Oliveira, Victor Luis, Wesley (Washington) e Valdivia; Cristaldo (Leandro) e Henrique (Allione). Técnico: Dorival Júnior.
GOLS -
Henrique, aos cinco minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO -
Fabrício Neves Correa (RS).
CARTÕES AMARELOS -
Matheus Menezes, Carlos Alberto, Ramírez (Botafogo); Marcelo Oliveira, Juninho, Valdivia (Palmeiras).
RENDA -
R$ 218.760,00.
PÚBLICO -
9.123 pagantes (10.200 total).
LOCAL -
Estádio do Maracanã, no Rio (RJ).