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Palmeiras pobre

Falta entrosamento, falta encaixar o time, falta confiança, falta jogar mais, é preciso virar a página do livro... É assim que o Palmeiras tem saído de campo ultimamente, recorrendo a clichês para explicar porque não consegue jogar um futebol compatível com os investimentos realizados na equipe.

Por Paulo Calçade
Atualização:

Embora pareçam vagas, as palavras dos jogadores estão carregadas de respostas. Eles simplesmente não sabem como fazer. E não é por falta de vontade, é porque a equipe não está organizada, independentemente de suas escolhas táticas.

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Não se trata de ter ou não mais posse de bola. Muitos times são preparados apenas para reagir às ações do adversário. É um estilo, não é o mais bonito, o mais agradável, mas contém uma ideia e deve ser respeitado quando bem executado.

O problema deste Palmeiras é que a equipe espera acontecer. O caminho da bola da defesa para o ataque é pobre e sua manutenção no campo ofensivo não se dá conscientemente. Piora a situação o fato de tudo isso ser encontrado no adversário de ontem.

A Ferroviária venceu de virada, fora de casa, deixando claro o controle sobre o seu jogo, com a bola transitando por um meio de campo bem postado taticamente. E com um orçamento minúsculo.

Não basta Marcelo Oliveira mudar o sistema tático ou fazer rodízio de jogadores, é preciso ter um sentido, sintonia fina nos detalhes, e que cada um saiba qual é a sua missão. 

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A Ferroviária jogou com a bola no pé, a fez circular quando procurava caminhos para o ataque ou quando apenas pretendia fazer o tempo passar para se livrar da pressão.

Difícil eleger o maior problema palmeirense, mas certamente um dos mais dramáticos é a falta de apoio ao jogador que detém a bola, geralmente isolado, com raríssimas opções de passe. Um defeito conceitual que o português Sérgio Vieira, o treinador da Ferroviária, tratou de corrigir em seu primeiro dia de trabalho.

O objetivo de Sérgio é vencer no futebol brasileiro, é dirigir times grandes. Portugal é hoje um grande formador de treinadores para toda a Europa devido o excelente trabalho feito em suas escolas de formação e, principalmente, nas universidades.

#QUEMPATROCINAFAZPARTE Sem o Maracanã, ainda de futuro incerto, o Flamengo escolheu o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, como moradia temporária até poder voltar a jogar no Rio de Janeiro. 

Solução óbvia, boa para todas as partes, principalmente para um dos elefantes brancos erguidos para a Copa do Mundo de 2014, que a CBF prometia ajudar a viabilizar. 

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Na sexta-feira, porém, enquanto tratava de detalhes do negócio com o governador Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, o presidente do Flamengo foi informado que não poderia jogar fora do Rio de Janeiro.

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O argumento? Regras, regimentos e estatutos que valem de acordo com a cara do freguês. Flamengo e Fluminense travam uma luta contra o autoritarismo da federação, aliada de Eurico Miranda, o presidente do Vasco. 

A CBF se curva, vergonhosamente, ao que existe de pior no futebol brasileiro, pela diversão de prejudicar o Flamengo e seus 40 milhões de torcedores distribuídos pelo País, que podem fazer a diferença neste momento. 

Houve ontem um tuitaço para pressionar os patrocinadores da CBF. O argumento é simples: ‘quem patrocina faz parte’. Maneira inteligente de usar as redes sociais para questionar aqueles que ainda aliam suas marcas a uma organização capaz de bater continência para Eurico Miranda.

Por mais que a CBF se esforce para melhorar sua imagem e tente sinalizar para a sociedade que mudanças estruturais estão em curso, os métodos permanecem os mesmos, agora com o Coronel Nunes, a marionete dessa gente, no poder.

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