Não poderia ter sido mais confortável a estreia para valer do Palmeiras na temporada de 201 diante de sua torcida. Embora vários de seus novos jogadores não tenham entrado em campo, a equipe alviverde encontrou no ingênuo Osasco Audax o adversário perfeito para um começo com vitória. E o placar de 3 a 1 poderia ter sido bem mais elástico.
Para quem não se lembra, o Osasco Audax é aquele time que fez algum barulho no Paulista do ano passado com seu futebol cheio de toques, em que dar chutão era proibido. Com o mesmo técnico no banco, Fernando Diniz, a equipe decidiu manter em 2015 a identidade, digamos, ousada. Foi um desastre, ao menos no primeiro jogo.
Os jogadores de frente do Palmeiras foram orientados a pressionar a saída de bola do adversário e o Audax, como era fácil prever, ficou sem saber o que fazer. O lado direito da defesa do time da “casa” (o mando do jogo era do time de Osasco, afinal) era terra de ninguém. Ou melhor, era terra de Allione, que deitou e rolou por ali. Logo de cara, ele cruzou para Leandro Pereira abrir o placar com um típico gol de centroavante. Foi só o começo do pesadelo da turma de Fernando Diniz.
A sociedade entre Allione e Zé Roberto funcionava à perfeição. Uma linda trama entre eles resultou em um cruzamento do lateral que deixou Maikon Leite sem goleiro, embaixo do gol. E ele conseguiu mandar a bola para fora.
Depois, Allione puxou um contra-ataque e cruzou para Robinho ampliar a vantagem comodamente. Um pouco mais tarde, a enésima perda de bola do Osasco Audax na beirada de sua área resultou em mais uma grande chance para Maikon Leite. Desta vez, o veloz atacante não passou vergonha. Com 35 minutos do primeiro tempo, o jogo era assunto encerrado.
O caminho estava aberto para uma goleada no segundo tempo. Bastava o Palmeiras continuar pressionando a defesa adversária e aproveitar as trapalhadas que certamente ocorreriam. Mas a turma de Oswaldo de Oliveira preferiu o caminho mais fácil, o da acomodação.
Evidentemente, deve-se dar um generoso desconto a um time que fez neste sábado sua primeira partida oficial na temporada. Não era o momento de se esfalfar em busca de um caminhão de gols em um jogo já resolvido. Sorte do Audax, que escapou de levar uma surra e até fez um golzinho no fim, de Rafinha.
Apesar do ritmo de treino que tomou conta da segunda metade da partida, o Palmeiras teve uma ou outra boa chance de gol, mas não conseguiu superar o bom goleiro Felipe Alves. E não era mesmo necessário. O serviço já estava feito.
FICHA TÉCNICA
AUDAX 1 X 3 PALMEIRAS
AUDAX - Felipe Alves; Francis, Bruno Silva e André; Gladestony, Marquinho, Rafinha e Bruno Paulo (Thiago Silvy); Rafael Longuine (Matheus), Camacho e Ytalo (Samoel). Técnico - Fernando Diniz.
PALMEIRAS - Fernando Prass; Lucas, Tobio (Jackson), Vitor Hugo e Zé Roberto; Renato, Gabriel, Robinho e Allione (Cristaldo); Maikon Leite (Victor Luis) e Leandro Pereira. Técnico - Oswaldo de Oliveira.
GOLS - Leandro Pereira, aos 6, Robinho, aos 13, e Maikon Leite, aos 35 minutos do primeiro tempo; Rafinha, aos 48 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Thiago Duarte Peixoto (SP).
CARTÕES AMARELOS - Matheus (Audax).
RENDA - R$ 1.655.220.
PÚBLICO - 24.894 pagantes.
LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo.