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Paquetá diz que ameaça de demissão por árabes é boato

Técnico diz que ri das notícias que citam sua possível queda, e afirmou que boatos são plantados por empresários que querer desestabilizar o ambiente.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O técnico da Arábia Saudita, Marcos Paquetá, disse nesta terça-feira que os boatos sobre sua demissão do cargo antes da Copa do Mundo vêm de empresários interessados em desestabilizar o ambiente, e disse que acha até graça de saber que esse noticiário chega ao Brasil. "A Federação tem mostrado satisfação com o trabalho. Eles estão vendo a evolução dos jogadores no controle emocional, na parte física e tática", disse Paquetá, que tem no currículo títulos mundiais sub-17 e sub-20 com a seleção brasileira, ambos em 2003. Segundo ele, esses boatos não vão prejudicar a atuação da seleção árabe no Mundial. "Não vou mudar o foco da nossa preparação. Estamos confiantes e temos toda a estrutura para fazermos uma boa participação", afirmou. Nos últimos dias, circularam boatos de que o trabalho de Paquetá não estaria agradando aos dirigentes, e ele poderia ser substituído pelo sérvio Bora Milutinovic, o mesmo que dirigiu cinco seleções diferentes nas últimas cinco Copas - México em 1986, Costa Rica em 1990, Estados Unidos em 1994, Nigéria em 1998, China em 2002. E a estabilidade no cargo, apesar da tranqüilidade do brasileiro, não é o forte à frente da seleção: em 1998, Carlos Alberto Parreira foi demitido durante a Copa, porque os cartolas locais se irritaram com a derrota por 4 a 0 diante da França - a equipe ainda pegaria a Dinamarca. E o próprio Paquetá assumiu este ano, no lugar do argentino Gabriel Calderón, que não durou nem seis meses no posto. Nesta quarta, a Arábia Saudita enfrenta a Turquia, em Offenbach, no último amistoso de preparação. O objetivo, segundo ele, é ampliar a experiência internacional do grupo, já que todos os jogadores atuam no próprio país - além dos árabes, só a Itália chega à Copa nessa condição. Paquetá diz que os jogos contra equipes mais fortes, como a República Checa (derrota por 2 a 0, na última sexta-feira) e Portugal (derrota por 3 a 0, em março), serviram também para acostumar a equipe contra adversários fortes e velozes. Agora, ele pretende realizar até a estréia na Copa mais dois jogos, contra combinados regionais da Alemanha, para evitar lesões. "O grupo já conseguiu bastante experiência, agora vamos diminuir a intensidade do trabalho." A Arábia Saudita estréia na Copa no dia 14, contra a Tunísia, em Munique.

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