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Para Associação de jornalistas, segurança não existe no Maracanã

Após incidente onde sala de imprensa foi invadida por chilenos sem ingresso, entidade faz duras críticas a Fifa e segurança no Brasil

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan e Jamil Chade
Atualização:

A Associação Internacional de Jornalistas Esportivos alerta que a segurança da imprensa na Copa do Mundo não existe, ataca a Fifa e pede que a entidade garanta a segurança dos profissionais durante o evento no Brasil. Na quarta-feira, um grupo de quase 200 torcedores chilenos sem ingressos invadiu o Maracanã, criando pânico no centro de imprensa, correria e destruindo paredes. Em uma carta enviada para a Fifa, a entidade criticou a preparação dos organizadores para receber o evento e os mais de 18 mil jornalistas. "Como presidente da AIPS, escrevo diante das sérias preocupações depois do incidente no Maracanã", declarou Gianni Merlo, presidente da entidade.

Vidros foram quebrados na entrada do Centro de Mídia da Fifa, no Maracanã Foto: Fabio Motta/Estadão

"Ainda que aceitamos e acreditamos na boa vontade dos funcionários da Fifa e do Comitê Organizador Local, é lamentável que a segurança real de nossos colegas esteja ausente", escreveu. O que a entidade teme é que, diante da demonstração de que existem sérias falhas na segurança, outros grupos tentem repetir a invasão. "Todo incidente leva à possibilidade de que haja quem queira copiar", alertou Merlo. "Pedimos à Fifa para garantir que o foco do pessoal de segurança da Fifa esteja direcionado a uma segurança real, para o bem dos jornalistas", apelou. A entidade ainda criticou a problemas com armários, falta de alimentos nos estádios e o confisco de itens de trabalho de jornalistas, como cabides de roupas de apresentadores de televisão. 

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