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Patrocinadores pressionam Fifa após denúncias de corrupção

Multinacionais investem pesado na Copa do Mundo do Brasil e pedem a rápida resolução dos casos denunciados pela imprensa 

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Por Jamil Chade
Atualização:

Preocupados com sua imagem, os maiores patrocinadores da Copa do Mundo colocam pressão sobre a Fifa para que solucione as polêmicas em relação à corrupção que assola a entidade. O Estado obteve confirmação de diversos dirigentes da entidade que reconhecem que as grandes multinacionais tem pedido que os casos de corrupção sejam solucionados rapidamente. Em 2014, a Fifa terá uma receita de mais de R$ 10 bilhões por conta da Copa do Mundo, a maior da história. Metade vem justamente dos grandes patrocinadores, como Adidas, Sony e Coca Cola.

Ricardo Teixeira é suspeito de envolvimento com negociador de propina do Catar Foto: Fabio Motta/Estadão

Em uma declaração que revela o grau de preocupação, a gigante Adidas ontem admitiu que os escândalos estão criando uma imagem negativa para as multinacionais. "O tom negativo do debate público sobre Fifa não é nem bom para futebol e nem para a Fifa e nem para seus parceiros", afirmou, em um comunicado. Nos últimos dias, revelações sobre como cartolas da entidade estiveram envolvidos em troca de votos, negociações comerciais e outros escândalos envolvendo a Copa do Catar em 2022 voltaram a colocar a Fifa no centro de uma tormenta. Em sua edição de hoje, o jornal Estado de São Paulo revela como o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, mantinha relações estreitas com Mohamed Bin Hammam, suspeito de ser o operador da propina do Catar. Amanhã, o investigador escolhido pela Fifa para investigar o Catar, Michael Garcia, entrega em São Paulo seu informe para a entidade. Mas seu conteúdo apenas será conhecido em seis semanas, depois da Copa. Para a Adidas, esse informe precisa dar respostas. "O relatório deve ser enviado ao Comitê de Ética da Fifa", indicou a empresa. "Estamos confiantes que o assunto está sendo tratado como prioridade", apontou. "A Adidas tem longo ter e sucesso com a Fifa e queremos continuar isso", completou. A multinacional alemã fechou um acordo para continuar patrocinando a Fifa e as Copas do Mundo até 2030. Para 2014, a esperança é a de obter uma receita de US$ 2 bilhões graças ao Mundial no Brasil.

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