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Pela primeira vez, campeão da Copa Paulista poderá escolher entre Série D e Copa do Brasil

Ferroviária e XV de Piracicaba decidem o título neste sábado às 18h, na Fonte Luminosa

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Por Alison Negrinho
Atualização:

Ferroviária e XV de Piracicaba entram em campo neste sábado, às 18h na Fonte Luminosa, para fazer a segunda e decisiva final da Copa Paulista. Em sua 17ª edição, esta será a primeira vez que o torneio oferece ao campeão, o direito de escolher entre disputar a Série D do Campeonato Brasileiro, ou a Copa do Brasil da próxima temporada. O vice-campeão fica com a opção restante. Depois de vencer o primeiro jogo por 2 a 0, o time quinzista vai até Araraquara podendo perder por um gol de diferença, que ainda assim se sagra campeão. Caso o placar se repita, mas seja favorável aos mandantes, o confronto será decidido nos pênaltis.

Primeiro confronto acabou vencido pelo XV por 2 a 0 Foto: Rodrigo Corsi/ FPF

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  Ao que tudo indica, os clubes já fizeram suas escolhas em caso de título. Por uma questão de estabilidade e calendário, a preferência é por jogar a Série D, que tem início em junho e garante aos participantes ao menos seis partidas pela fase de grupos. A Copa do Brasil, por sua vez, é mata-mata logo em seu início, o que não a torna atrativa para a dupla.

"É o que queremos, porque nos dá a possibilidade de fazer maiores investimentos e montar um elenco mais qualificado já que é um campeonato longo. Não posso gastar muito em um torneio de tiro curto por exemplo, porque corremos o risco de não avançar", disse o presidente do XV, Celso Christofoletti.

O mandatário da Ferroviária seguiu a mesma linha. "Escolheríamos a Série D por uma questão de planejamento. Possui um calendário maior, então para nós seria melhor." Responsável por organizar o torneio, a Federação Paulista de Futebol considera que a atual edição marca um novo momento. Além da possibilidade de escolher o prêmio, a Copa Paulista contou com a presença de grandes do Estado, como Santos e São Paulo. “A meta da FPF é oferecer um calendário anual para nossos clubes, e a Copa Paulista é um atalho para as competições nacionais. Permite que os times possam maturar seus jogadores, gerar empregos, mobilizar torcedores, movimentar a economia e valorizar ainda mais o futebol paulista”, contou Mauro Silva, vice-presidente de Integração com Atletas da entidade. DENTRO DE CAMPO Mesmo que o resultado da primeira partida não tenha sido favorável, Picoli ainda crê na conquista. E o treinador da Ferroviária tem bons motivos para isso. Com 30 pontos, o clube se classificou à segunda fase com a melhor campanha do Grupo 2. Na etapa seguinte, acabou novamente na liderança, desta vez, do Grupo 6. Nas quartas de final, passou pelo Nacional, para na sequência, superar o São Caetano.

Picoli ainda acredita na conquista da Ferroviária Foto: Rodrigo Corsi/ FPF

  "Assim que acabou o jogo, eu falei com os garotos e mostrei que estava tudo em aberto. Se trata de um elenco muito jovem, mas eles entenderam bem a mensagem. Neste segundo confronto precisamos levar para campo tudo que fizemos durante a competição", analisou o comandante, que revelou como a equipe deve se portar.   "Teremos que nos expor, então ficará perigoso, mas faremos isso de uma maneira organizada, não adianta ir ao ataque com desespero, porque assim não conseguiremos nada", completou.   Do outro lado, o XV de Piracicaba não quer deixar escapar a chance de levantar a taça. No caminho até a final, o time dirigido por Cléber Gaúcho fez a segunda melhor campanha do Grupo 3 na primeira fase e a melhor do Grupo 5 na sequência. Ainda bateu o Votuporanguense nas quartas e o Rio Claro nas semifinais.

Cléber Gaúcho pregou humildade para segunda final Foto: Divulgação/ XV

  "Enxergo nosso time muito maduro, cresceu nesse sentido durante o campeonato. A ansiedade é normal, mas estamos lidando bem com isso. Temos um padrão de jogo definido, então, por mais que a gente jogue com uma vantagem, não vamos mudar nosso estilo", comentou o técnico.   Aos 42 anos, Cléber Gaúcho pode fazer história caso seja campeão. Isso porque como jogador, ele ganhou a Série C do Campeonato Brasileiro pelo clube em 1995. "Se isso de fato se concretizar, eu não saberia te dizer a dimensão, mas com certeza ficaria muito feliz, ainda mais pela condição de ser meu primeiro titulo como treinador e por se tratar do XV, que eu estava presente na única conquista nacional." 

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