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Polícia apura droga, violência e destruição na final da Série C

Estádio 'Melão' teve banheiros quebrados, cercas arrancadas e freezers jogados nas arquibancadas

Por Rene Moreira
Atualização:

A Polícia Civil de Varginha (MG) está apurando os problemas registrados no fim de semana em razão da final da Série C do Campeonato Brasileiro, entre Boa e Guarani, que acabou com vitória e título para o time mineiro. Em razão de brigas, quatro pessoas foram presas e seis foram parar no hospital. Uma delas, esfaqueada, ficou internada.

Em outro caso, um torcedor levou tiro de bala de borracha no rosto. Em outro, um homem foi detido com cocaína. Já o Estádio Municipal Dilzon Melo, o "Melão", na cidade mineira, teve banheiros quebrados, cercas arrancadas, freezers que foram parar no meio das arquibancadas e catracas jogadas no fosso.

Final da Série C do Campeonato Brasileiro, entre Boa e Guarani, acabou em brigas e destruições Foto: Divulgação/ PM

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O torcedor esfaqueado tem 42 anos, é de Campinas (SP) e até a manhã desta segunda-feira continuava no CTI (Centro de Terapia Intensiva). Ele foi atingido nas costas na noite de sábado, após a partida que terminou em 3 a 0 para o Boa e lhe valeu o título da competição.

Jogadores do Guarani também se envolveram na confusão após o final do jogo, assim como alguns dirigentes. A Polícia Militar alega que tudo começou após membros de torcidas organizadas do Guarani iniciarem a depredar o estádio.

O tenente-coronel Hudson Abner Pinto, comandante do 24º Batalhão da PM, contou que 130 policiais foram escalados para o jogo. E que ao final foi preciso agir para "acabar com o tumulto" e garantir o retorno dos torcedores visitantes para Campinas. Foram usados por policiais gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Os ônibus da torcida do Guarani precisaram ser escoltados até a Rodovia Fernão Dias. O estádio passou por perícia da Polícia Civil com o acompanhamento da prefeitura local, não sendo divulgado ainda o resultado.

Revolta - Jogadores e dirigentes do Guarani se posicionaram a favor dos torcedores. "É um abuso de autoridade o que a Polícia Militar está fazendo", disse o presidente Horley Senna, ainda no estádio, após ser atingido por spray de pimenta.

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Depois o próprio clube divulgou nota de "profundo repúdio à atitude da Polícia Militar de Varginha" e informou que um dos médicos da agremiação teve ferimentos no nariz, enquanto que o repórter da TV Guarani foi hospitalizado com um corte profundo na cabeça.

A Polícia Militar não respondeu às críticas e a direção do Boa também não se manifestou sobre os problemas com a torcida adversária. Já a Prefeitura de Varginha, responsável pelo estádio, calcula os prejuízos e tentará identificar e cobrar o prejuízos.

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