Polícia investiga novos casos de abuso sexual ligados a coordenador da base do Santos

Uma nova testemunha prestou depoimento em São Paulo nesta quarta-feira

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Foto do author Gonçalo Junior
Por Gonçalo Junior e Renan Cacioli
Atualização:

A Delegacia de Repressão e Combate à Pedofilia investiga novos casos de abuso sexual dentro do Santos após denúncia feita por Ruan Petrick Aguiar de Carvalho contra o coordenador das categorias de base do clube, Ricardo Marco Crivelli, conhecido como Lica. A informação do primeiro caso foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo

Nesta quarta-feira, uma nova testemunha prestou depoimento em São Paulo e existem pelo menos mais duas “vítimas em potencial”, ou seja, atletas que também teriam sido abusadas sexualmente, de acordo com os investigadores. Essa nova testemunha informou à polícia que esteve no mesmo local do suposto crime delatado por Ruan e que também teria sido assediado. 

Vila Belmiro, estádio do Santos Foto: Glauco de Pierri/Estadão

O local é a residência de um antigo empresário do jogador, fora das dependências do clube. O crime teria acontecido em 2010, quando Ruan tinha 11 anos. A idade da nova testemunha não foi revelada. Ruan registrou um boletim de ocorrência na última sexta-feira (13) e as investigações estão sendo conduzidas sob sigilo de Justiça.

Adriano Vanni, advogado de Lica, diz que o seu cliente é inocente. “Ele nega peremptoriamente, é o maior interessado em demonstrar a verdade. Já o coloquei à disposição da autoridade policial para ser ouvido. O que nos deixa tranquilos é que a delegacia que investiga o caso é especializada em crimes de pedofilia. Quem atende é expert no assunto. Temos certeza e convicção de que vão descobrir a verdade e ele (Lica) é inocente”, disse.

O presidente do Sindicato dos Atletas, Rinaldo Martorelli, destaca que a entidade lidera uma campanha contra casos de assédio sexual no esporte. "Recebemos a informação sobre o caso na sexta-feira, mas não de forma oficial do atleta. Soube, inclusive, que haveria registro do B.O e abertura de inquérito. O assunto é delicado e temos duas posturas. Primeiro, vamos acompanhar a apuração do caso. A partir da abertura do inquérito, nosso corpo jurídico vai ficar em cima e acompanhar. Estamos trabalhando nisso (combate à pedofilia) há mais tempo e isso mostra a importância do nosso trabalho", disse.

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