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Portuguesa tem mandado de segurança rejeitado e Canindé irá a leilão nesta sexta

Equipe paulista tentava evitar leilão; agora, espera não receber nenhum lance pela área do estádio

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A Portuguesa não conseguiu suspender o segundo leilão da área onde está localizado o estádio do Canindé nesta quinta-feira e o terreno irá receber lances até 14 horas desta sexta-feira. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo rejeitou o mandado de segurança impetrado pelo clube.

O argumento do clube era de que o terreno vale muito mais do que o preço estipulado pela Justiça. Um perito judicial, contratado pelo presidente da Portuguesa, Leandro Teixeira Duarte, avaliou o terreno, uma área de 42.350 metros quadrados, em R$ 360 milhões. O lance mínimo para aquisição na Fidalgo Leilões é de 60% do valor de mercado - cerca de R$ 74 milhões, segundo avaliação da Justiça.

Portuguesa tenta quitar dívidas sem perder seu estádio Foto: Divulgação

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A manutenção do leilão foi confirmada pela 59.ª Vara do Trabalho de São Paulo nesta quinta-feira. A área que será leiloada engloba metade do estádio do Canindé - o restante pertence à Prefeitura de São Paulo -, o que pode atrair interessados em obter o bem, pelo seu alto potencial construtivo.

O dinheiro arrecadado será utilizado para quitar dívidas da Portuguesa de mais de R$ 55 milhões em favor do ex-jogador Tiago de Moraes Barcellos, além de outros seis credores trabalhistas, entre eles o atacante Ricardo Oliveira, atualmente no Santos. A advogada Gislaine Nunes representa o grupo nesta ação.

A Portuguesa agora torce para que ninguém dê lance. A aposta é que o processo de tombamento do Canindé, que está em andamento no Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico, possa inibir os interessados. O Condephaat aceitou abrir um dossiê preliminar, recebeu parte dos documentos e aguarda o restante da documentação.

Assim como o processo de tombamento, uma possível parceria para revitalização da área onde está o Canindé foi colocada em segundo plano por causa do esforço para conseguir suspender o leilão. O clube recebeu uma proposta de um pool de empresas, encabeçado por Conexão 3 Desenvolvimento e Negócios e Planova Planejamento e Construções, mas não efetivou o acordo.

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