A Portuguesa pode escrever neste domingo mais uma página triste de seus 96 anos de história. Se não vencer o Tombense na cidade de Tombos-MG, às 16 horas, e o Macaé não tropeçar diante do Botafogo-SP, em casa, o clube estará rebaixado para a Série D, a última divisão do Brasileiro.
Vinte anos depois de chegar à decisão da Série A e ficar com o vice-campeonato, ao perder para o Grêmio, a realidade da Portuguesa é completamente diferente. O clube pode sofrer neste domingo seu quinto rebaixamento nos últimos cinco anos. No Campeonato Paulista, por exemplo, já disputa a Série A-2 há duas temporadas e quase caiu para a A-3 neste ano.
O trágico momento é fruto de uma péssima situação financeira, que pode até fazer com que o clube feche as portas. A Portuguesa deve cerca de R$ 250 milhões e, por isso, verá os 45% que lhe pertencem do Canindé - os outros 55% são da Prefeitura - irem a leilão em novembro.
O reflexo é visto no campo. Em 17 partidas na Série C, conquistou 14 pontos. Só não é pior do que o já rebaixado Guaratinguetá, que soma 4 pontos.
TRÊS PERGUNTAS PARA: José Luiz Ferreira de Almeida, presidente da Portuguesa
1. Se a Portuguesa cair, joga a Série D em 2017? Não há chance de virada de mesa? Nem pensei nessa possibilidade. E virar a mesa onde? Na CBF? De jeito nenhum. Para a Portuguesa ser beneficiada na CBF, precisa acabar o mundo primeiro para depois começar tudo de novo.
2. Qual o papel do elenco nesta campanha? Não posso cobrar muito de um time que foi formado há dois meses. Não posso cobrar desses atletas. Eu querer cobrar e jogar a responsabilidade para cima de técnico ou atleta? Eu não vou fazer nunca.
3. De quem é a maior responsabilidade, então? Eu que os trouxe, eu que os contratei, então a responsabilidade é toda minha. Disse desde o começo: 'Se eu não subir para a Série B, sou um presidente fracassado'. Agora, cair para a Série D, é coisa mais do que inesperada.