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Fernando Prass brilha e Palmeiras fatura o título da Copa do Brasil

Alviverde ganha nos pênaltis após vitória por 2 a 1 no tempo normal

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Nem mesmo uma torcida insana como a do Palmeiras poderia escrever um roteiro melhor para uma conquista. A loucura pelo Alviverde imponente deveria ter sido recompensada há muito tempo, mas quis o destino que fosse dentro de sua nova casa o recomeço das vitórias. Ontem, no Allianz Parque, o palmeirense testemunhou a mudança de patamar de seu time do coração – finalmente o Campeão do Século 20 parece ter retomado seu caminho de glórias. Campeão da Copa do Brasil pela terceira vez, precisou suportar a guerra de nervos proposta pelo Santos, derrotou adversário por 2 a 1 e, mais uma vez nos pênaltis, teve maior competência para colocar a faixa no peito. Mais justo, impossível.

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A Copa do Brasil de 2015 começou a ser conquistada do lado de fora da nova arena palmeirense. Ignorando as recomendações que pediam “moderação” ao torcedor que fosse ao estádio, o palmeirense mandou às favas o chamado futebol moderno e os vizinhos que se incomodam com a festança alviverde. Com uma recepção jamais vista, abraçou seus ídolos na chegada ao estádio com muitos fogos, sinalizadores, fumaça verde, gritos.

Dentro de campo, a insanidade que vinha das arquibancadas eletrificou os jogadores. Se a arena pulsava, Fernando Prass, Dudu e companhia seguiam no ritmo cardíaco acelerado. Com dez segundos, quase gol do Palmeiras. O volante Arouca tocou para Barrios, que com um desvio na bola deixou Gabriel Jesus de frente para o gol de Vanderlei. O jovem atacante dominou a bola e partiu para o gol. Seu chute, forte, encontrou os pés salvadores do goleiro santista.

Zé Roberto ergue a taça da Copa do Brasil, do tricampeonato do Palmeiras. Capitão cantou com a torcida, fez enorme festa e mudou o discurso do início do ano: 'O Palmeiras não é grande, é gigante' Foto: Alex Silva/Estadão

Aos sete minutos, foi a vez do ‘quase’ gol do Santos. O lateral-esquerdo Zeca passou pela marcação de João Pedro e rolou para Marquinhos Gabriel bater firme para excelente defesa de Fernando Prass. No rebote, a bola sobrou para Victor Ferraz bater forte, mas a bola explodiu na trave esquerda da meta alviverde.

A partir daí o Santos foi moldando o jogo ao seu gosto. Mesmo assim, poderia ter levado o primeiro gol aos 27 minutos, quando o meia Robinho recebeu a bola no meio e levantou na medida para Barrios desviar de cabeça – a bola subiu e iria morrer dentro do gol, mas Vanderlei, com um tapinha, mandou para escanteio.

Até o final da primeira etapa, foram os visitantes quem deram o tom do jogo.As equipes voltaram para o segundo tempo com o mesmo ímpeto, mas o jogo mudou aos 11 minutos. Inteligente, o paraguaio Barros recebeu a bola na entrada da área, fez a parede e encontrou Robinho sozinho de frente para o gol. O meia palmeirense só tocou de lado para Dudu, sozinho, apenas desviar a bola para o gol de Vanderlei. O Palmeiras saía na frente.

A briga mental prosseguiu – nenhum dos dois times se lançava ao ataque com tudo, mas o Palmeiras era mais corajoso e foi buscar o segundo gol. Aos 39 minutos, Robinho cobrou falta em jogada ensaiada. Vitor Hugo desvia de cabeça para o meio da área. A bola passa por três defensores do Santos e sobrou para Dudu empurrar para as redes.

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Mas o destino prega peças que nem o mais pessimista dos torcedores podem imaginar. Enquanto a torcida do Palmeiras ainda se recuperava de tanto gritar gol, o Santos se lançou ao ataque para seu último suspiro e, aos 41 minutos, conseguiu um escanteio. Marquinhos Gabriel levantou na área, Werley desviou de calcanhar e a bola sobrou livre para Ricardo Oliveira na entrada da pequena área. Ele bateu forte e fez o gol que deu uma sobrevida ao Santos – o jogo iria para os pênaltis.

Como as grandes conquistas merecem roteiros épicos, mais essa o palmeirense precisaria suportar. Mas estava definido – se Dudu foi o herói nos 90 minutos, Fernando Prass seria nas penalidades. Viu Marquinhos Gabriel escorregar e mandar por cima, defendeu o de Gustavo Henrique, viu Rafael Marques perder um e, com a raiva dos campeões, estufou as redes para dar o título ao seu clube. Celebre, palmeirense. Esse título é seu.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro (Taylor), Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Matheus Sales, Arouca, Robinho, Gabriel Jesus (Rafael Marques) e Dudu; Barrios (Cristaldo). Técnico: Marcelo Oliveira.

SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz (Werley), Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia (Paulo Ricardo), Renato e Lucas Lima; Gabriel (Geuvânio), Ricardo Oliveira e Marquinhos Gabriel. Técnico: Dorival Júnior.

GOLS: Dudu, aos 12 e aos 39; Ricardo Oliveira, aos 42 do 2ºT.

PÊNALTIS: Marquinhos Gabriel (fora), Zé Roberto (gol), Gustavo Henrique (defende), Rafael Marques (defende), Geuvânio (gol), Jackson (gol), Lucas Lima (gol), Cristaldo (gol), Ricardo Oliveira (gol), Fernando Prass (gol).

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JUIZ: Heber Roberto Lopes (SC).

CARTÕES AMARELOS: Gabriel, Matheus Sales, João Pedro e Dudu.

PÚBLICO: 39.660 pagantes.

RENDA: R$ 5.336.631,25.

LOCAL: Allianz Parque.

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