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Principal estádio do País, Maracanã tem futuro incerto

Briga entre o consórcio que administra a arena e o governo estadual deixa o local fechado e sujeito a depredação

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

Palco da abertura e encerramento da Olimpíada e dos principais jogos do futebol carioca, o Maracanã está longe de ser um elefante branco, problema comum das outras arenas da Copa, mas seu futuro está indefinido. O principal estádio do Brasil está sem condições de uso. O problema é uma briga judicial entre a concessionária e o governo do Estado do Rio. 

Em março do ano passado, o consórcio Maracanã S.A, que administra o estádio e é liderado pela Odebrecht, cedeu a arena ao Comitê Organizador Rio 2016 para a Olimpíada e a Paralimpíada. Após as competições, o consórcio não aceitou o estádio de volta, alegando que ele não estava na mesma condição anterior.

Gramado ruim simboliza abandono do Maracanã Foto: Fabio Motta/Estadão

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No entanto, a Justiça ordenou que o consórcio reassumisse o Maracanã. A empresa, por sua vez, recorreu da decisão. No último capítulo da briga, na última sexta-feira, o Tribunal de Justiça do Rio negou recurso e manteve a decisão de 1.ª instância que obriga a empresa a reassumir a gestão do estádio e do Maracanãzinho. Assim, a concessionária deve manter a administração, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. 

Por causa da disputa, o complexo está fechado. Turistas não conseguem visitá-lo, e o gramado foi abandonado. Funcionários da empresa Sunset, responsável pela segurança do estádio, registraram, em boletim de ocorrência no início do mês de janeiro, o furto de duas televisões de LCD de 46 polegadas, de um pino de mangueira de incêndio em cobre e de dois bustos, também de cobre. Um deles, do jornalista Mário Filho, que dá nome ao Maracanã.

O estádio teve sua energia cortada, por falta de pagamento. A concessionária garantiu a quitação do débito, de R$ 1 milhão. O consórcio também comunicou que já restabeleceu o contrato com a empresa responsável pela segurança e solicitou aumento do efetivo tanto para o estádio do Maracanã como para o ginásio do Maracanãzinho. 

O mesmo procedimento teria sido adotado com outros prestadores, incluindo empresas de manutenção do gramado e limpeza.

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