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Projeto de lei quer proibir "estrangeiros" na seleção

Apresentado em Brasília, Projeto de Lei 7283/06 quer proibir a convocação , para a seleção brasileira, de jogadores que estejam atuando no exterior

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Por Agencia Estado
Atualização:

Apresentado na última terça-feira na câmara dos deputados em Brasília, o Projeto de Lei 7283/06 quer proibir a convocação, para a seleção brasileira de futebol, de jogadores que estejam atuando no exterior. Conforme o projeto, eles só podem integrar a seleção se estiverem jogando no Brasil nos 12 meses anteriores à competição internacional. Essa proibição se estende ao técnico e demais integrantes da comissão técnica. Além disso, os jogadores estrangeiros e os que tiverem dupla nacionalidade também não poderão integrar a seleção. "Em muitas competições internacionais, a seleção é representada por jogadores que há anos atuam fora do Brasil ou obtiveram dupla nacionalidade", explica o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) autor do projeto. O parlamentar acredita que restringir a convocação de atletas para a seleção brasileira vai incentivar os jogadores de alto nível a continuar defendendo equipes nacionais. A seleção brasileira na Copa do Mundo na Alemanha tinha 20 jogadores atuando em clubes internacionais e apenas três jogando em times brasileiros (Rogério Ceni, Ricardinho e Mineiro). "O Brasil deveria ser a ´pátria de chuteiras´, mas o que temos visto são ´chuteiras sem pátria´", ironizou o deputado. A proposta - que ainda não teve definida por quais comissões será analisada - define como seleção a equipe convocada pela CBF para representar o País em evento internacional promovido pela Fifa, como a Copa do Mundo e a Copa das Confederações, por exemplo. Se a CBF desrespeitar as regras para convocação, estará sujeita a multa equivalente a 100 vezes o valor da remuneração do atleta ou técnico convocado irregularmente, além de ficar passível de sofrer intervenção do Ministério Público Federal até que a irregularidade seja resolvida. A multa será destinada a entidades formadoras de atletas amadores. A fiscalização dessas regras será feita pelo Conselho Nacional de Esporte (CNE).

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