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(Viramundo) Esportes daqui e dali

Provação alvinegra

O Corinthians terá teste de resistência com a baixa de dois titulares em elenco pequeno

Por Antero Greco
Atualização:

Não acredito em olho gordo – cruz-credo, crendeuspai, pé de pato, mangalô três vezes! Figa! Mas tem gente que seca pimenteira. Tanto se falou na regularidade do Corinthians, tanto se elogiou a repetição da escalação, como um dos segredos do sucesso até agora, e eis que o líder do Brasileiro sofre duas baixas ao mesmo tempo. Por várias rodadas. Pablo e Jadson estão fora desde os minutos iniciais do jogo com o Avaí e ficarão em tratamento e em recuperação, em média por um mês, pouco mais, pouco menos.

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Aí tem inveja da grande.

As baixas são inevitáveis em equipes de futebol – em qualquer lugar do mundo. O risco de machucar-se está implícito na atividade esportiva, só não se pode prever o momento em que dará o ar da desgraça. Nenhuma se safa; cedo ou tarde será atingida pela necessidade de fazer alterações forçadas.

Por isso, quem pode trata de compor elenco diversificado e de qualidade, para encarar sem muitos traumas os solavancos da temporada e as inúmeras competições. O Corinthians já teve plantel mais reforçado e recheado. Hoje em dia, nem tanto. Por contenção financeira, conta com plantel enxuto – no que se refere a jogadores de peso – e com eles Fábio Carille formou um time prático, correto, no qual o jogo flui com naturalidade. Pablo e Jadson exercem papel importante, pela segurança que emprestam à defesa e ao meio.

Os corintianos gabavam-se de mexerem minimamente na escalação; é das raras (diria a única) que se pôde decorar até aqui, que vem na ponta da língua. Agora, topa com situação semelhante às demais. Eis que chega, enfim, o momento da provação. É a hora de ver se continuará a funcionar à perfeição a estratégia de Carille. O teste virá no clássico com o Fluminense, na tarde deste domingo, fora de casa.

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Os dois empates seguidos encurtaram um pouco a larga vantagem em relação ao Grêmio, mas não foram suficientes para aproximação de Santos, Flamengo, Palmeiras, Sport. A distância em relação aos perseguidores é confortável. O futebol corintiano nas partidas com Atlético-PR (2 a 2) e Avaí (0 a 0) não empolgou. Os dois rivais, na parte de baixo da classificação, souberam colocar em prática antídoto contra a eficiência letal do Corinthians. E de forma óbvia: com marcação sobre jogadores decisivos, como os laterais Fagner e Arana; com atenção redobrada sobre Jadson, Marquinhos Gabriel, Romero. E, por extensão, Jô ficou mais isolado à frente. Embora tenha marcado diante do Furacão, esteve aquém do habitual e recebeu poucas bolas.

Descrever aqui o comportamento de Atlético-PR e Avaí é bem mais fácil do que a tarefa deles em campo. O Corinthians não piorou, merece os elogios, não está em crise ou “com sinal de alerta ligado”. Só deu sinais, normais e esperados, de que pode ser contido, tem limitações e que não sustentará o índice de quase 90% de aproveitamento. Isso é impossível, até para gigantes como Barcelona, Real, Bayern.

A turbulência virá – e o importante é saber enfrentá-la. O Fluminense é o obstáculo deste domingo –, por ironia, bem imprevisível, com o monte de jovens recrutados na base (em Xerém). A rapaziada de Abel Braga vive numa gangorra. Nas rodadas mais recentes, em baixa. Só falta querer subir justamente agora...

Sport e o pofexô A vida do Palmeiras não anda fácil. Além de não se firmar como concorrente ao título, sofre com baixas constantes e só enfrenta paradas indigestas. No meio da semana, suou para empatar com o Fla e, desta vez, visita o Sport, que está com a macaca. O time de Wanderlei Luxemburgo engatou uma terceira, na subida, está no bloco principal. E, por mérito, pode ostentar a condição de favorito diante do campeão de 2016. Palestrinos, rezem por milagres de Jaílson. 

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