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Relator de projeto clube-empresa pede adesão dos times ao 'universo empresarial'

Deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) acredita que times brasileiros serão mais profissionais caso lei seja aprovada e esclarece pontos em debate

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Foto do author Gonçalo Junior
Por Ciro Campos , Gonçalo Junior , Guilherme Amaro e João Prata
Atualização:

A reportagem do Estado conversou com o deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ), relator do projeto clube-empresa que pretende transformar os times em empresas e prevê refinanciamento dessas dívidas e também de débitos fiscais. Confira a entrevista:

Deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), relator do projeto clube-empresa. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados - 2/7/2019

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Haverá perdão das dívidas?

Não tem perdão para dívidas. Queremos abrir uma frente de negociação e a rediscussão da dívida só para aqueles clubes que virarem empresas. Isso não é perdão. É construir acordo entre credor e devedor que seja bom para todos, também para a sociedade. Todos os países que avançaram no futebol fizeram o refinanciamento das dívidas. Isso faz parte do universo empresarial e pode também fazer parte do universo dos clubes. A diferença é que não vai ser aberto para a agremiação que permanecer como associação. Isso já foi feito cinco vezes e não deu certo.

Quais sãos os pontos centrais do projeto?

Os clubes precisam virar a chave para um ambiente profissional, entrando em um universo empresarial. Queremos criar um ambiente seguro para atrair investidores. Outro ponto importante é tratar a questão do endividamento. Outro destaque é que não abriremos renegociação de dívida com aqueles clubes que permanecerem como associações civis sem fins lucrativos. O terceiro ponto é calibrar o regime tributário, encontrar alguma solução que facilite a tributação. Uma corrente quer uma equiparação tributária; outra corrente quer tributação das empresas não seja uma tributação normal, por causa no nível de endividamento dos clubes. Estamos aprofundando os estudos sobre esse ponto.

A tributação é ponto de maior divergência?

Sim. Uma corrente quer uma equiparação tributária; outra corrente quer tributação das empresas que não seja uma tributação normal, por causa no nível de endividamento dos clubes e da tentativa de atrair investimentos. Mas as conversas estão evoluindo bem.

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Quais são os próximos passos?

Com o avanço das discussões, nós acreditamos que o projeto esteja maduro para discussão no plenário da Câmara dos Deputados dentro de algumas semanas.

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