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Revelação de Platini divide opiniões do elenco do Brasil vice-campeão

Edmundo acredita que sorteio não interferiu em desfecho da Copa; Doriva discorda: ‘Poderia ter mudado o resultado’

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Foto do author Robson Morelli
Por Renan Cacioli e Robson Morelli
Atualização:

Edmundo estava escalado na final da Copa do Mundo de 1998 entre Brasil e França. Ocuparia o lugar de Ronaldo, que sofreu uma convulsão no dia da partida e teve de passar por exames médicos horas antes do jogo. Quando Zagallo, o treinador, recebeu a notícia de que o Fenômeno reunia condições de atuar, manteve o titular na escalação. Edmundo voltou para o banco de reservas. Com ele, talvez o Brasil pudesse ter outra sorte na final. 

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Atualmente comentarista dos canais Fox Sports, Edmundo lamenta saber que Platini mexeu seus pauzinhos para ajeitar uma decisão entre o time anfitrião e os campeões do mundo. “Nós, que somos da bola, sempre pensamos e defendemos que ex-jogadores pudessem assumir o comando e melhorar as condições porque passamos por tudo quando éramos atletas. Aí entra um craque, o Platini, e vira um dirigente comum, se iguala aos piores. É decepcionante”, diz Edmundo. 

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Robert Pires, Bixente Lizarazu e Zinedine Zidane segurando a taça da Copa de 98 Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Apesar da polêmica sobre o sorteio, ele não acredita que tenha influenciado o resultado da Copa. “O Brasil poderia ter perdido antes ou também ganhado da França em fases anteriores. Nós, jogadores, não participamos de nada extracampo. O problema maior é que estamos cobrando transparência, o fim das irregularidades. E é decepcionante saber dessas coisas.” Já o ex-volante Doriva, que também participou daquela campanha, tem opinião diferente. “Acho que é uma declaração contundente do Platini, isso poderia ter mudado o rumo daquela Copa. Mas de qualquer forma, a história já está escrita, não dá para voltar atrás”, lamenta-se o hoje técnico da Ponte. O ex-volante César Sampaio, titular do Brasil em 1998, também se mostrou decepcionado com Platini. “Esse cara já pôs a perna para quebrar, já levou o pão para casa com o futebol. E ser cúmplice em algo dessa forma me deixa triste”, disse o comentarista esportivo.

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