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Rogério Ceni é pressionado para anunciar decisão

São Paulo quer posicionamento do goleiro; se parar, jogo contra o Figueirense será o último no Morumbi

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Por Fernando Faro
Atualização:

A eliminação do São Paulo na Copa Sul-Americana recolocou os holofotes no futuro de Rogério Ceni. Sem a perspectiva de conquistar um título em 2014, o goleiro agora se vê mais pressionado do que nunca para decidir seu futuro e crescem as expectativas para que ele enfim revele se irá se aposentar ou se prosseguirá jogando por pelo menos mais seis meses. Logo após o jogo, Rogério foi abordado por funcionários da comunicação do São Paulo e ouviu que, se pretende se aposentar, precisa se posicionar logo. A preocupação existe porque caso ele encerre a carreira, o jogo contra o Figueirense será seu último no Morumbi e não existe nenhuma preparação especial para a data. Desta forma, Ceni correria o risco de dizer adeus à para um público reduzido.

Jogador chegou ao clube em 7 de setembro de 1990 Foto: Divulgação

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A diretoria, por sinal, não prepara nenhuma cerimônia para o fim de semana. “Estamos trabalhando como um jogo normal, até porque não houve posicionamento do Rogério sobre parar ou não”, explicou o vice de marketing, Júlio Casares. “Até porque o último jogo dele será em 22 de fevereiro (com um combinado de Milan ou Liverpool).”

Como se tornou característico nas últimas semanas, Rogério mais uma vez desviou do tema e preferiu agradecer o empenho dos companheiros na temporada. “Esse grupo reergueu o São Paulo. Só tenho a agradecer. É um orgulho fazer parte de um time bacana como esse”, disse. É justamente a sintonia com o elenco - além do alto nível apresentado em 2014 - que o fazem repensar o adeus. Ainda no vestiário, Muricy Ramalho deu prosseguimento à luta para demovê-lo do adeus. “Falei uma coisa especial, mas não vou dizer o que”, despistou. O Estadoconversou com pessoas que estiveram no vestiário durante o papo e apurou que o técnico disse ao goleiro que eles perderam o título da Sul-Americana este ano, mas poderiam ser campeões juntos em 2015. Nos bastidores a opinião era que o troféu da Sul-Americana faria Rogério se aposentar, mas que a queda deve mantê-lo em atividade por mais seis meses. “Gente como ele não gosta de sair por baixo”, endossa Muricy. “Às vezes uma eliminação pode mudar para o lado positivo, eles querem sair ganhando.” Hoje executivos da Penalty e do São Paulo apresentarão no CT a polêmica camisa de “despedida” (já rebatizada de “comemorativa”) do goleiro, que não participará do evento. Se a ausência é mais um indício de que a aposentadoria ficará para 2015, só ele pode dizer. Mas é bom que se apresse; caso contrário o maior jogador da história do clube corre o risco de ter uma despedida esvaziada e melancólica em casa.

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