Os seguranças do Palmeiras foram recebidos com cumprimentos por parte da torcida presente ao aeroporto de Cumbica, nesta quinta-feira, em retribuição à proteção dada aos jogadores na briga em Montevidéu. O clube levou cerca do triplo da quantidade normal para um jogo fora de casa e elaborou um esquema diferente por prever a confusão.
Funcionários do clube afirmam que escutaram ameaças do Peñarol há duas semanas, quando os times se enfrentaram no Allianz Parque. A diretoria convocou 19 seguranças para a viagem. O número normal é de seis. O grupo foi transportado por Montevidéu em um ônibus separado do resto do time.
Durante a partida sete seguranças fizeram a proteção do camarote da diretoria. A cinco minutos do fim, cinco deles desceram para reforçar o grupo que estava destacado para ficar no gramado e cuidar dos atletas.
O segurança André Silva era o responsável de, ao fim do jogo, ir ao campo e proteger o volante Felipe Melo na saída de campo. Silva contou que precisou empurrar uruguaios para poder entrar no gramado e forçar o portão de acesso ao vestiário, que foi trancado.
“Nós sabíamos que iam pegar o Felipe Melo. No corredor de acesso ao vestiário tinha muita gente do Peñarol tentando invadir a nossa área. Ainda bem que bolamos um esquema para neutralizar a ação deles”, afirmou o segurança. Ele negou ter agredido uruguaios. “Se eu fosse para bater, um comigo eu ia levar. Usamos nosso tamanho para apartar a briga. Em nenhum momento troquei golpes”, disse.
O elenco elogiou a ajuda dos seguranças, mas teve problemas deixar o estádio. O time esperou por 1h30 após o jogo para que a polícia fosse ao local e escoltasse a delegação.