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Saída de Aidar divide o São Paulo até em alianças políticas

Eleição para sucessor na presidência pode ter até três candidatos

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Por Ciro Campos
Atualização:

Carlos Miguel Aidar deve entregar na noite desta terça-feira a carta de renúncia à presidência do São Paulo, em ato para abrir oficialmente a campanha política para a eleição do sucessor. Nos bastidores os conselheiros já começaram as articulações e o quadro aponta para a presença de mais de um candidato ao cargo.

O atual presidente se reúne com aliados à noite para formalizar a saída. Quem assume imediatamente o comando é o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. O dirigente tem até 30 dias para convocar novas eleições e será um dos concorrentes ao mandato tampão, válido até abril de 2017.

Leco assumiuum mandato de 30 dias após saída de Aidar Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Leco tem o apoio de aliados do ex-presidente Juvenal Juvêncio e de correligionários de ex-dirigentes como Marco Aurélio Cunha e Ataíde Gil Guerreiro.

A proximidade da renúncia fez os antigos sete partidos do Conselho Deliberativo do São Paulo a costurarem novas alianças. Duas delas são as principais e podem indicar possíveis concorrentes para Leco.

Uma das correntes mais numerosas é um grupo intitulado "Governabilidade", formado por antigos aliados e membros da diretoria de Aidar. Os cerca de 75 integrantes estão dispostos a avaliar propostas dos futuros candidatos e estudam lançar o próprio nome para a disputa do cargo.

Outra aliança é encabeçada por ex-presidentes do clube, que estão na ativa para definirem um nome de consenso para a disputa da nova eleição. Um dos possíveis candidatos é Fernando Casal de Rey, presidente entre 1994 e 1998.

"Sempre defendo a renovação, que não tem ocorrido. Mas não quero descartar nada. Aprendi com a idade, estou com 70 anos, a nunca dizer 'não'. Logicamente, não quero me negar a ajudar e participar de algo novo”, disse Casal de Rey ao Estado.

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O grupo de antigos presidentes forma parte do Conselho Consultivo e adquiriu mais peso político na última semana, quando participou de uma reunião com Aidar. No encontro, o atual presidente chamou os antecessores para conversarem sobre a crise no São Paulo e projetar mudanças, além de, na ocasião, ter descartado a possibilidade de renunciar.

O grupo político formado por ex-presidentes do clube como José Douglas Dallora, José Eduardo Mesquita Pimenta, Fernando Casal de Rey, José Augusto Bastos Neto e Paulo Amaral Vasconcellos se reuniu na semana passada e analisa também a ideia de lançar um candidato mais jovem. O prazo para a inscrição das chapas é até cinco dias antes da eleição. 

"O São Paulo é um clube envelhecido. Sempre que tem eleição falamos de nomes que já ocuparam cargos em gestões passadas. É preciso dar chance para outros, com ideias novas", disse um ex-presidente.

POSSÍVEIS CANDIDATOS

- Leco

O presidente do Conselho Deliberativo do clube vai assumir o comando com a renúncia de Aidar e terá 30 dias para convocar novas eleições. Ele deve ser candidato ao cargo e tem o apoio de ex-dirigentes do São Paulo.

- Ex-aliados

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Antigos membros e apoiadores da gestão de Carlos Miguel Aidar estudam lançar um concorrente para o pleito. Uma aliança de 75 conselheiros lidera o movimento.

- Fernando Casal de Rey

Presidente entre 1994 e 1998 e diretor de futebol na era Telê Santana, tem o apoio de outros antigos ex-presidentes do São Paulo, que integram o Conselho Consultivo.

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